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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Durval Caetano da Silva, profissão serígrafo

Durval Caetano nasceu no Hospital São Vicente de Paulo e por lá morou até os 04 anos de idade, como não conheceu seus pais, ficou aos cuidados da Irmã Cecília, a partir daí foi morar na Organização Mirim, de onde saiu com 29 anos.

Já na Organização Mirim, Durval fez alguns cursos que a instituição oferece as crianças que moram lá. Durval começou trabalhando como marceneiro, ofício que aprendeu com Clarício Frazão, no ano de 1994 começou na serigrafia.

Hoje com 17 anos na profissão, Durval se diz orgulhoso do seu trabalho e da clientela que conquistou ao longo dos anos; palmarinos e moradores das cidades vizinhas. Como também, os turistas que sempre compram camisas com a foto do líder negro Zumbi dos Palmares.

O período com maior movimento é entre os meses de outubro a fevereiro, pois acontecem vários eventos na região. Durval trabalha com a esposa Claudiana Ribeiro e mais quatro garotos, que também são aprendizes da arte de serigrafia. Como gosta de pintura, o próprio Durval é quem faz os desenhos para os clientes, a maioria chega apenas com a ideia e as encomendas logo ficam prontas.

Para maiores informações entrar em contato pelo telefone (082) 9104 9925.


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O que eles estão escrevendo...

dedo na ferida

 

um brinde à ausência,
a todo sentimento de falta,
toda essa ansiedade semanal
fracassada de reviver o passado
a todos as esmolas de amizade que
se concede a quem já teve tudo
a toda a falta de poesia que sobra 
de qualquer luto
a essas crises ébrias
cheias de sobriedade
a esse sentimento de espera
da morte da saudade
[já que eu não a mato]

 

Sina

Poder ser agora
Ou quando melhor te será
O sentido já está aqui
O sorriso chega
Quando você chegar

Já tenho o enredo
E os personagens
Dubles de corpo e de mente

Chegar e permanecer
Cegar, mas sem deixar morrer
Esperar, sem descansar
Tirar as sandálias pro beijo durar 


 

Dia de Glória

Naquele período tão complicado fui em busca dos grandes sonhos. Sequer tinha como tentar... não sem recorrer ao que não podia e comprometer pelo menos os próximos doze meses. Mesmo assim, lá fui eu. Alguns livros, quatro provas, pouco dinheiro e a enorme vontade de vencer...

Desejo potencializado com aquela derrota prévia. Ela ainda doía, não mais que aquelas palavras tão tristes quando ouviu o "não passei". Quis tanto levá-la aquele lugar, poder abraçá-la quando o que ela não queria seria motivo de muito orgulho.

Com esse espírito comecei a batalha vencida em dois tempos, enfim pude ouvir e sentir aquele sorriso fisicamente distante mas presente em cada noite mal dormida e palavra escrita naquela tarde de glória, era tudo por ela, pela felicidade dela...

Jurei, por mim, pela sociedade, pela profissão que tanto lutei para exercer e por aquela rua sem fim no caminho de volta para casa... Mas quis o destino que logo descobriria ser tão difícil manter o juramento.

Na semana em que ser certo foi errado, fiquei distante do grande sonho e perdi para um dos meus maiores adversários: Eu.

Em outra das provas, ainda fruto dos doze meses, a falta de confiança prevaleceu... Onde era apenas uma vaga, com certeza ela não seria minha. Tolo. A vida me mostraria que ela não foi pela falta de confiança, por não acreditar que poderia sim ser o primeiro, por duvidar de tudo aquilo que sempre fiz, por no fim sequer acreditar em quem realmente sou. 

Talvez tinha que aprender definitivamente a acreditar, sentir mais um pouco o peso do que jurei e perceber que o caminho é mais longo do que imaginava.

Bruno Monteiro