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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Conheça Janaína Pacheco responsável pelo Restaurante Divina Grill

Uma pessoa determinada a gente conhece de longe. É o caso da palmarina Janaína Pacheco da Silva, responsável pelo Restaurante Divina Grill na entrada da cidade de União dos Palmares. Janaína tem 12 anos de experiências com outros estabelecimentos em Maceió como o Corali Restaurante, Divina e Pimenta com Menta.

"Morar na capital é ótimo, maravilhoso você abrange um leque de conhecimentos e pessoas, mas eu sempre quis voltar. Aqui é minha terra e minha origem". Afirma Janaína Pacheco. Quando perguntei por que retornar a União já com tanta experiência em restaurantes em Maceió, a empresária respondeu: "Eu sempre quis fazer uma casa diferente aqui, onde a família pudesse almoçar, jantar e que também os filhos poderiam brincar com a recreadora".

Janaína Pacheco diz que mesmo recebendo um público mais adulto, mais família, o Divina Grill tem espaço para os jovens que gostam de ouvir músicas da MPB ao vivo ou que queiram dançar ao som de DJs já que a casa tem essa estrutura.

Formada em Administração de Empresa e em Chefe de Cozinha é ela quem comanda a equipe e "prova" os alimentos que são servidos aos clientes. Segundo a Janaína Pacheco, o restaurante que abre às 11 da manhã e fecha às 10 da noite, mas está estudando a possibilidade de abrir mais cedo para o café da manhã.    

Aos 32 anos, divorciada, mãe de dois filhos de 12 anos e 1 ano, está feliz com o novo empreendimento e mais ainda por dar oportunidade de emprego a outras pessoas. Além dela, o restaurante tem mais nove funcionários, onde cada um responsável por um setor do no restaurante. A empresária ressalta que preferi treinar pessoas da terra como também fazer parcerias com as empresas da cidade.

Entre em contato com a empresária através do fone (082) 9922-5423

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Conheça a cantora Janaína Martins

Janaína Martins, o poeta Emanuel Galvão e Maria José, representante da Fundação Cultural Palmares


Esse mês o blog conversou com a cantora Roberta Aureliano, considerada no cenário musical alagoano uma das mais talentosas. No último final de semana eu tive a oportunidade de conversar com outra cantora alagoana, Janaína Martins.

Dona de uma beleza exótica, Janaína canta profissionalmente há 3 anos. No repertório cheio de samba também tem espaços para outros estilos, já que a plateia faz seus pedidos. Filha de uma das mães de santo mais conhecidas no Estado, a ialorixá Mãe Neide Oyá D'Oxum, do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), Janaína diz "como umbandista não poderia deixar de cantar músicas religiosas e sinto que essas canções são bem aceitas".

Aos 20 anos a estudante de publicidade diz que tem um relacionamento especial com a mãe. É ela quem costura suas roupas. "Minha mãe é uma costureira de mão cheia", conta. Natural de Maceió, a cantora vem regularmente a União dos Palmares. Também trabalha no Centro de Formação e Inclusão Social (Inaê), que é administrado por Mãe Neide, no povoado Santa Fé.

Janaína diz que tem quer existir outros espaços para os músicos cantarem. "Em Maceió há poucos lugares para os artistas se apresentarem. Fora isso querem pagar pouco". Segundo ela, "a galera gosta de uma música mais comercial, talvez seja por isso que as artes em geral não tenha tantos espaços".

Quando perguntei quais os seus ídolos na música, ela citou dois nomes com quem já dividiu o palco: Roberta Aureliano e Elaine Kundera.


Entre em contato com a cantora pelo Site Moronguetá Produção e AssessoriaAQUI

Parabéns Geógrafos!!!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Desenha-me um carneiro! Veja as tatoos do palmarino Islan Mararte


Aos 20 anos, o artista plástico palmarino Islan Mararte é um dos mais criativos da região. Em setembro de 2012 no Festival Integrado de Artes Linha de Produção ele expôs o seu trabalho para o público presente. Trabalho bastante elogiado. "Desde criança sempre tive facilidade para os desenhos", diz.

Excelente pintor, e fã das obras da Tarsila do Amaral, é natural vê-lo vestir roupas com os seus desenhos. Seus dons artísticos também podem ser vistos em trabalhos para lembranças de aniversários, etc.

No último sábado, 25, em um encontro de amigos aproveitei para tirar fotos de suas tatoos que não poderiam deixar de ser "criativas" também.

Sucesso Islan.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

"Eu gosto de brincar com as palavras" Emanuel Galvão


No último dia 22 bati um papo com o poeta Emanuel Lopes Ferreira Galvão, na sede da Fundação Cultural Palmares, aqui em União. Na ocasião acontecia o sarau do projeto "Fundação de Portas Abertas". Ficamos encantados com as histórias e a leitura dos poemas do seu livro "Flor Atrevida".

Exímio contador de "causos", Emanuel Galvão provocava gargalhadas no público presente. Numa dessas histórias ele se dirigia à casa de uma paquera pra entregar um jambo. A moça não aceitou, pois não gostava de jambo.

Fora de União dos Palmares há 18 anos, o artista visual migrou para Maceió para estudar e trabalhar. Aos 46 anos é formado em Educação Artística com pós-graduação em Artes Visuais.

Embora morando fora, o palmarino percebe as mudanças na cidade. Para ele, a violência causada pelas drogas não deixa que os jovens fiquem até tarde da noite recitando poemas e batendo papo com os amigos. Por outro lado, "os jovens têm uma consciência política melhor do que no tempo que vivi aqui", afirma.

Emanuel Galvão acompanha as notícias da cidade através dos sites e blogs. Para Emanuel, "devemos ter mais carinho e cuidado com a cultura negra, já que a cidade é conhecida como Berço da Liberdade". Quando o assunto é a literatura palmarina ele ainda se surpreende por muitos não conhecerem Jorge de Lima, um dos poucos poetas brasileiros a concorrer ao Prêmio Nobel de Literatura. "Pior ainda, muitos não sabem quem foi Gonzaga Leão, que é um excelente poeta daqui de União dos Palmares", completou. Mesmo morando fora há anos ele diz que se sente muito palmarino, e reclama da falta de oportunidade na cidade para os artistas locais.   

Tímido, ele diz que "o poeta nasceu em terras palmarinas com palavras escritas erradas", e continua "o que me apaixona mesmo é a ideia de brincar com a língua portuguesa". Professor da rede municipal e estadual, trabalha também Secretaria Municipal de Educação em Maceió no departamento de Arte e Cultura. 

Ele afirma que vive um momento importante de sua vida ao fazer parte da Academia Maceioense de Letras, e divide isso com os outros membros. A Academia tem 58 anos de existência. O atual presidente, e um dos seus fundadores, é o poeta Jucá Santos. Depois do livro Flor Atrevida o poeta já está em negociação com sua editora para lançar seu segundo livro.

E enquanto o segundo livro não chega, ele publica novos poemas no seu blog Poesia Galvaneana e Outras Palavras. Ele ainda publica poesias de autores conhecidos e de outros que ele vem conhecendo nos encontros que participa.  

Casado com Adriana Moraes, ele diz que a esposa "escreve super bem, mas a grande arte dela é a culinária. Temos a empresa Bolo das Fadas (click AQUI), e ela cozinha maravilhosamente bem. Além disso, é minha assessora de comunicação, pois é formada em jornalismo". Pai de dois filhos, José Ítalo com 15 anos "Poeta do Rap" e Pedro Vinícius, que completará 4 anos.    

O encontro no sarau da "Fundação de Portas Abertas" serviu também para “matar” saudades dos familiares e amigos. O poeta ficou surpreso com os poemas de autores jovens da cidade. Segundo ele, "hoje me surpreendi com poemas lindos, feitos por jovens de muito talento que estavam com seus materiais guardados". Emanuel também fez elogios aos organizadores do Coletivo a Fábrica, onde enumerou que esses movimentos são importantes para uma conscientização melhor do papel da cultura de uma cidade e de um país melhor.


 Entre em contato com o poeta através do celular 9307-6726.

domingo, 26 de maio de 2013

Contando minha trajetória Por Gilson Nascimento


O ano é 1982. Eu estava na 4ª série do ensino primário, era como se chamava antigamente, na minha inesquecível Escola Dr. Jorge de Lima. Eu já sabia ler e já era apaixonado por matemática! Era ano de copa do mundo e o Brasil tinha aquele time dos sonhos com Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo. Só para registrar foi neste ano que comecei a apreciar futebol e descobrir que isso pode ser muito sofrido. Aquela seleção de craques acabou perdendo. Mas na escola ia tudo muito bem. Foi também este ano que me apaixonei por Joelma. Que menina linda! Ela entrou no meio do ano. Todos nos encantamos por ela, mas ela me escolheu. Foi de fato, oficialmente a minha primeira namorada. Que saudade daquela época!

Em 1983 cheguei à 5ª série. Como me sentia orgulhoso desse fato! Era sempre um dos melhores alunos. Em exatas não tinha pra ninguém! E assim foram os anos seguintes até que no final de 1986 eu estava concluindo a 8ª série. Meu ego estava do tamanho do Universo. E não via a hora de fazer o exame da ETFAL (Escola Técnica Federal de Alagoas). A escola ficava em Maceió, nossa capital a 80km de minha querida União dos Palmares. Como as vagas eram limitadas, os pobres tinham que se "matar" estudando para fazer uma prova que selecionava os melhores que queriam o tão sonhado curso técnico. Já os ricos tinham suas vagas asseguradas pelos políticos.

Por falar em sonho, um dos meus era, pasmem, comer 3 vezes ao dia. Eu e meus 5 irmãos tínhamos o sonho de comer bem. Acredite, isso não era fácil para uma família de 6 filhos cujo pai era pedreiro e a mãe analfabeta. Em 1987 o sonho se realizou. Estou falando de entrar na ETFAL. O sonho de comer bem, demoraria mais um pouco. Passei para o curso de Edificações. A prova valia 10 e lembro de ter tirado 7,5. Nada mal para quem tinha vindo da escola pública e nunca tinha levado dinheiro pra fazer um lanche descente na hora do recreio. Porém, em pouco tempo o sonho virou pesadelo. Eu não tinha dinheiro para ir estudar. Como pagar as passagens para ir à capital? Lembro que foi um esforço quase sobrenatural para conseguir terminar aquele ano letivo. 

Cheguei a morar com uns tios na cidade de Maceió, mas eles também eram bem humildes e só foram alguns dias. Meu pai chegou a trabalhar na capital durante essa época e eu dormia nas obras onde ele ficava com a peãozada. Em 1988 não teve jeito. Tive que sair da escola técnica. Voltei pro meu saudoso Colégio Dr. Carlos Gomes de Barros e fui cursar Magistério. Não que eu almejasse ser um professor, mas por ser o único curso gratuito para o 2º grau. A parte positiva era que todas as tardes eu estava rodeado por 40 lindas moças. De homem, só eu e meu irmão. Ao fim de 1989 estávamos formados!

Quis o "destino" que as necessidades financeira da família nos levassem pra bem longe de nossa cidade, de nossos amigos e de nossos parentes. Em janeiro de 1990 desembarcamos eu, mamãe e meus irmãos na rodoviária do Tietê na cidade de São Paulo. Alguns meses antes meu pai havia ido pra São Paulo. Seus irmãos já moravam lá. Depois de alguns meses de trabalho mandou nos buscar. Já são 23 anos morando nesta cidade. Nunca mais passei fome na vida! Acho que é por isso que amo tanto a cidade de São Paulo! Meu sonho realizado.

 Em 1991 entrei na faculdade. Me formei em Física em dezembro de 1995. Mas, um pouco antes, em 1994, me ofereceram o cargo de professor de matemática numa escola particular. Eu deixei o emprego de auxiliar de Almoxarifado e fui Transformar Vidas! Em 1996 entrei no sistema estadual de ensino de São Paulo, onde estou até hoje, já concursado, lecionando Física. Em 2006 passei num concurso pra professor de Matemática da prefeitura. 
  
Foi uma longa jornada! Tentei fazer um pequeno resumo. hoje me sinto extremamente realizado como profissional e como ser humano. Permitam-me a falta de modéstia, mas não me sinto apenas um professor. Tenho certeza que sou importante no esquema das coisas! Minha existência não será em vão!

 Prof. Gilson Nascimento da Silva

Depoimento do leitor/amigo Gilson Nascimento, para o blog.
Fotos retiradas do seu perfil no Facebook.