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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Liberdade de imprensa não existe, as rádios na sua maioria tem como donos políticos" Alexander Campos


No último encontro do Grupo de Apoio à Obesidade (GAO) em janeiro, encontrei com o radialista Alexander Campos Ferreira, conhecido comunicador do rádio palmarino. Após a reunião conversamos e Alexander disse que iniciou na profissão aos 14 anos como operador de aúdio na Rádio Ag Fm, depois de 2 anos na casa recebeu um convite para trabalhar na Rádio Quilombo AM também como operador de aúdio e, posteriormente como radialista em um programa musical.

Com a morte do então companheiro de trabalho, Tony Lima, ele assumiu o comando do programa Tribuna Livre. Este ano completará 21 anos de profissão. Alexander Campos diz que fazer programa jornalístico é gratificante por está passando as notícias do dia, contribuindo para a informação da população e que o reconhecimento do público é bem maior daqueles (radialistas) que fazem programa de música.

O radialista utiliza o programa Tribuna Livre para ajudar alguns ouvintes com problemas de saúde, que precisam de exames, cadeira de roda e etc. E não se preocupa quando dizem que o programa é assistencialista, ele prefere dizer que seu trabalho é uma maneira de se doar ao próximo. E acrescenta: "programa jornalístico mostra a tua identidade, reflete no teu dia a dia se você é uma pessoa respeitada, compromissada e que tenta erra o menos possível". O radialista diz que vem errando menos, já que nas ruas os ouvintes vêm conversar com ele a respeito dos assuntos discutidos no rádio e isto garante segurança ao radialista. Em maio ele e outros comunicadores terminam o curso de radialista em Maceió.

Perguntado sobre como é fazer o programa agora, já que a Ag Fm é oposição, respondeu dizendo que: “ Primeiro,  todos que ligam para o programa têm que se identificar, é obrigatório, a partir daí a produção pega o número do telefone e retorna a ligação. Segundo, a liberdade de imprensa não existe, as rádios na sua maioria tem como donos políticos, mas não iremos fazer um programa sensacionalista, com chacotas, vamos apontar erros para ajudar o governo atual". Alexander não é funcionário da rádio, ele paga 1.200 reais por mês pelo espaço. E admira os comunicadores Antônio Aragão e Sílvio Sarmento. 

De religião Espírita desde que nasceu, Alexander Campos, diz que a bandeira principal da religião é a "caridade" já que sem ela  não há salvação e eles acreditam na reencarnação. Porém, ele acrescenta dizendo que: “ a caridade não é o que temos e o que está sobrando e passamos pra frente, na verdade você perdoar um inimigo é perdoar uma pessoa que lhe machuca”. Para ele, todas as religiões são importantes basta você colocar Deus em primeiro lugar.

Freqüentando o GAO, Campos diz que a obesidade deixa o paciente com vários problemas de saúde e com a baixa auto-estima. Em 2005 ele conseguiu com a reeducação alimentar e com exercícios perder 45 quilos. Aos 38 anos e pesando 126 quilos, ele diz que a família cobra dele para ter uma vida mais saudável, Campos diz que já começou a fazer exercícios e está freqüentando o Grupo de Apoio à Obesidade aqui em União.

Alexander Campos nasceu em Maceió, mas seus pais já moravam em União dos Palmares. Sua mãe Lídia Albuquerque Campos é natural de Timbaúba, Pernambuco e seu pai José Augusto de Lima Ferreira (falecido há 7 anos) era natural de Maceió. Casado com Selma Santos Silva, há 18 anos, ele tem um casal de filhos de 16 e10 anos.

Milena Medeiros e sua Nina

Sabe alguém que te entende, te compreende, te dá carinho, não te julga? Pois é, hoje em dia é raro encontrar um ser humano dessa maneira e é bem mais fácil encontrar animais que as pessoas julgam “irracionais, sem sentimentos” sendo dessa maneira.

Desde pequena sempre fui apaixonada por animais daquele tipo que não pode ver um cachorro, um gato ou um passarinho que já fica conversando com ele. Nunca tive um cachorro ou qualquer outro animal de estimação acho que por isso meu apego com os animais é tão grande.


Já vi vários animais morrerem de forma cruel, vi alguns sendo maltratados, mal cuidados e lembro perfeitamente que eu perguntava: “eles não tem coração, não sabe que isso está machucado esses coitados que não tem como se defender?”. Teve uma época que desejei ser veterinária e ter uma casa cheia de animais. Desejei isso porque queria tratar os animais com o carinho e respeito que eles merecem e que muitos não dão.


Acho incrível que as pessoas dizem que tal animal é agressivo, malvado e que é mortal uma grande mentira! Agressivo somos nós que batemos em nossos semelhantes por motivos fúteis. Malvado somos nós que destruímos o habitat de muitos animais. Mortais somos nós que destruímos vidas, famílias por um simples celular, por um simples e mero dinheiro.

Destruímos o local onde os animais moram e ainda queremos que ele sejam compreensivos. Coloque-se no lugar de um animal que vive abandonado, sem comida, sendo agredido por bêbados, por pessoas de quem ele deveria receber amor. Pedimos respeito, mas chutamos um gato na rua quando ele nós atrasa.


Desejamos amor, mas não alimentamos aquele animal que nós segue. Temos coração e eles também. Sentimos e eles também. Não há porque o magoarmos, o machucamos temos apenas que ama-lós e respeita – lós.

“Um cão não se importa com o seu dinheiro, ele se importa com seu coração.” 


Essa é minha Nina, anima meus dias, me consola só com um olharzinho dela e odeia tirar fotos!

Milena Medeiros

Hilton Cobra é o novo presidente da Fundação Cultural Palmares


DILMA ROUSSEFF. Marta Suplicy A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso XXV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 4º da Lei no 7.668, de 22 de agosto de 1988, resolve NOMEAR JOSÉ HILTON SANTOS ALMEIDA, para exercer o cargo de Presidente da Fundação Cultural Palmares - FCP. Brasília, 25 de fevereiro de 2013; 192o da Independência e125o da República. 

A ministra Marta Suplicy ainda não se pronunciou oficialmente, mas já é dada como certa a troca de direção na Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura responsável pelas políticas voltadas para a cultura negra. O novo presidente do órgão será o ator, diretor e gestor cultural, Hilton Cobra, conhecido como Cobrinha. Baiano radicado no Rio de Janeiro, criador da Companhia dos Comuns e coordenador do Fórum Nacional de Performance Negra, Cobrinha já tem experiência na gestão de órgão institucional de cultural, já que, entre 1993 e 2000, esteve à frente do Centro Cultural José Bonifácio, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, cidade de forte expressão da cultura negra.

Ainda aguardando a oficialização do seu nome, Hilton Cobra falou para o Correio Nagô dos seus projetos para a Fundação Cultural Palmares, caso se confirme a nomeação. “A Palmares é de extrema importância para a comunidade negra. Assim como a Seppir [Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial] é o órgão responsável por assessorar o governo federal, cabe a Palmares, o assessoramento do Ministério da Cultura para as demandas da população negra”. Cobrinha falou da necessidade de articulação entre a Fundação Palmares e demais órgãos do MinC, como a Funarte, a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural e a Secretaria de Políticas Culturais. “A Palmares não pode ser produtor de eventos, e deve sim assessorar as políticas do Ministério, que é a sua obrigação institucional”. E prometeu parceria com a Seppir: “Se sou um homem preto hoje é graças a Luiza Bairros”, destacando a importância da atual ministra na formação da sua consciência racial e política.

Centro de Referência - Um dos principais desafios apontados por Cobrinha é a efetivação do Centro de Informação e Referência da Cultura Negra, vinculado a Palmares. “Precisamos aproveitar bons projetos das gestões anteriores, como o Centro de Referência pensado na gestão de Dulce Maria de Pereira [durante o governo FHC]. Não há no Brasil um local para preservar o rico acervo acumulado sobre a cultura negra, por personalidades como Abdias do Nascimento, Antonio Olinto e Zózimo Bulbul, que virou bakulo recentemente”, lembra o artista, em referência ao cineasta falecido em 24 de janeiro deste ano.    

A política para as comunidades remanescentes de quilombo é um ponto crítico, na visão do gestor, mas também os editais, a relação com as empresas públicas e as demandas levantadas pelas edições do Fórum Nacional de Performance Negra. “Penso que os editais lançados pela ministra Marta Suplicy, em novembro de 2012, são um embrião do que deve ser a missão do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura”, afirma, citando uma das unidades que integram o organograma da Fundação Cultural Palmares.

Equipe - Sobre a mudança no perfil da presidência da Fundação Cultural Palmares, agora com um artista à frente, Cobra ressaltou: “Como uma pessoa de teatro, sei da importância do trabalho coletivo, do trabalho em equipe e do profissionalismo. Por isso sei que é preciso elevar a auto-estima dos profissionais da Fundação Palmares. Há muitos competentes funcionários, que dão sangue por aquele projeto e precisam ser valorizados, se sentirem parte das ações”. 

Para finalizar, demonstrou otimismo na gestão de Marta Suplicy à frente do Ministério da Cultura: “Estou sentindo da ministra um sincero envolvimento e comprometimento com as demandas da cultura negra. Teremos todos muito trabalho pela frente”.

Perfil - José Hilton Santos Almeida, Hilton Cobra, ou simplesmente Cobrinha, nasceu em 25 de maio de 1956, em Feira de Santana, no dia dedicado ao continente africano. Criou em 2001, no Rio de Janeiro, a Cia dos Comuns, inspirado na atuação do Bando de Teatro Olodum, em Salvador. Com a companhia montou, entre outras peças: "A Roda do Mundo", de 2001, "Candances – A Reconstrução do Fogo", de 2003, "Bakulo" – os bem lembrados, de 2005, e “Silêncio”, de 2007. Em 2008, encarnou o personagem de Lima Barreto, Policarpo Quaresma, na montagem homônima dirigida por Luiz Marfuz, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. 


Fonte: Blog Teatro Vila Velha

Parabéns Walann

Que venham mais 20 aninhos!!!