Plantação serve para desenvolver projetos na escola. Alimentos também são utilizados na merenda.
Uma horta e uma criação de galinhas foram capazes de mudar a vida de
estudantes, pais e professores da Escola Municipal Edvar de Souza, em União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas.
Toda a plantação de legumes, hortaliças e verduras é orgânica e, além
de servir para desenvolver projetos, também é utilizada na merenda
escolar.
No local funciona um projeto de produção integrada de hortaliças
pioneiro no Estado. As aulas são ao ar livre e as atividades
desenvolvidas no meio da horta.
Além da interação com a natureza, os alunos aprendem de uma forma
didática. O ensino é lúdico, e as crianças aprendem se divertindo. Na
horta eles recebem noções de português, matemática e ainda agem como
multiplicadores.
“Eles vão plantar, regar, ver o crescimento e, depois, colher esse
alimento e levar para casa. A partir desse momento eles terão uma
reeducação alimentar, comendo aquilo que eles plantam. Além disso, esse
conhecimento também é passado para os pais”, explicou a professora
Larissa Mirella de Araújo.
Cerca de 300 alunos, de 7 a 16 anos, participam da atividade duas vezes
por semana. No manejo da horta a conscientização ambiental surge
naturalmente. Materiais que antes seriam jogados no lixo, agora são
agora reutilizados. Os pneus viram canteiros e as garrafas pets
gotejadores usados na irrigação.
Este já é o 3º período de renovação e todos os alimentos são utilizados
na merenda da escola. “Através da horta nós percebemos o compromisso
dos alunos com os estudos”, explicou a coordenadora do Programa
Municipal de Educação para az nas Escolas e Famílias, Ana Cardoso.
A horta também representa transformação de vida. Alguns menores em
conflito com a Lei cumprem medidas sócioeducativas aqui, e tem a
oportunidade de plantar um novo futuro.
Além da horta, os alunos ainda desenvolvem atividades no galinheiro. “Gosto de brincar com as galinhas e aqui eu também aprendi a ler e fazer contas”, disse Mayara dos Santos, de 8 anos.
Todo o material usado para as atividades é disponibilizado pela Emater,
que ainda faz a supervisão das ações. "A Emater dá o suporte técnico e
realiza visitas períodicas para explicar as questões do plantio e
cuidado com os animais", explicou a zootecnista Cidamilene Santos.
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