Porque eu gosto de escrever? Porque
encontrei neste ato sublime várias maneiras de libertar minha alma e coloca-la
para dançar. Escrevendo me descubro, me refaço e rego essa minha flor interna
que está sempre esfomeada e em busca de algo. Escrevendo eu simplesmente sou.
Simplesmente sinto e posso carregar esse mundo - e todos os habitantes dele -
na palma das mãos, porque posso fazer tudo ser real no papel. É como mastigar
um bolo de chocolate e querer sempre mais, porque a fome e a gula nunca
absolutamente nunca passam. Meu sangue e todos os meus sentidos cheiram a
poesia, a frases feitas com toda a força da alma e o pulsar do coração.
Quando
me perco, me encontro no que escrevo. Quando o céu recusa minha oração por
falta de fé, aconchego-me no recanto do quarto e escrevo para me redimir, para
provar ao Ser Superior que Ele é a poesia mais bonita, mais sagrada e mais bem
feita que eu já viesse sentir. Eu cheiro a sol.
Tenho o "mar" no meio
do nome e aposto que sou profunda quanto um e, pouco a pouco, tenho mergulhado
no intuito de conhecer todo esse mistério que sou. Eu sou o meu templo Sagrado
e tudo dentro de mim é infinito; sinto muito - o tempo todo.
Meus olhos e meus
sentidos colocam poesia em tudo o que vê e toca, portanto não ache estranho se
qualquer dia eu presentear sua alma com um escrito meu. Gosto de coisas que me
façam crescer, o simples me agrada.