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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Jeanne Moreau, atriz francesa, morre aos 89 anos


Jeanne Moreau, uma das mais famosas atrizes do cinema francês, morreu aos 89 anos, segundo anunciou a agência France Presse nesta segunda-feira (31). Seu corpo foi encontrado em casa em Paris.

Moreau atuou em mais de cem filmes durante uma carreira de 65 anos. Ela foi estrela em filmes de consagrados cineastas como François Truffaut (em "Jules e Jim", o clássico absoluto da nouvelle vague), Orson Welles ("O processo”, de 1962) , Michelangelo Antonioni (“A noite”, de 1961), Roger Vadim, Rainer Werner Fassbinder.

Ela também deixou sua marca no cinema brasileiro ao participar de “Joanna francesa”, de Cacá Diegues. No filme, Jeanne interpreta a dona de um prostíbulo em São Paulo que vai para Alagoas atrás de um cliente que morre de amores por ela.

A atriz viveu com Truffaut uma história de amor fora das telas. Em 2009, quando foi homenageada no Festival do Rio de cinema, ela afirmou ao G1 que não tinha como impedir que os fãs a chamassem de "diva", mas que isso não tinha influência na sua rotina.

"Não tenho como impedir que me chamem de diva. Esses títulos de ‘musa’, ‘estrela’, ‘lenda viva’ não têm nenhuma influência em minha rotina. Não tenho como fazer as pessoas calarem a boca, nem tento evitar que me chamem assim. Se sou merecedora de tudo isso? Não sei”, declarou.



Faleceu nesta segunda-feira a atriz francesa Jeanne Moreau, que já filmou em União dos Palmares

Reportagem de Julho de 2013
RIO - Eternizada como um ícone da revolução sexual graças a filmes cultuados como “Os amantes” (1958) e “Jules e Jim — Uma mulher para dois” (1962), a diva francesa Jeanne Moreau anda atenta às recentes manifestações no Brasil, país onde fez grandes amigos nos anos 1970. Aqui ela filmou “Joanna Francesa” (1973), de Cacá Diegues, em Alagoas. Voltou em 2009, para o Festival do Rio. Agora, ela poderá ser vista novamente nas telas nacionais à frente da produção “Uma dama em Paris” (“Une estonienne à Paris”), de Ilmar Raag, em pré-estreia hoje (e durante toda a semana) no Estação Rio 3, às 17h50m. Mas, saudades à parte, a atriz de 85 anos encara as passeatas em território brasileiro como o indício de uma corrente de protestos políticos que, nos próximos meses, pode se espalhar em escala global. Essa hipótese ela baseou em suas memórias de 1968, quando viu o mundo inteiro comungar de um sentimento revolucionário iniciado a partir da inquietação de jovens em Paris que, num piscar de olhos, varreu o mundo. Nesta entrevista por telefone, ela dá seu apoio à juventude nas ruas, avalia o cinema francês atual e filosofa sobre a morte.

Nos anos 1960, a senhora simbolizou a liberdade, sexual e afetiva, para a juventude que foi às ruas protestar. Como a senhora vê a juventude de hoje, em especial os jovens brasileiros, unidos em protestos por todo o país?
Se eu não tivesse a idade que tenho e estivesse aí, estaria nas passeatas ao lado deles. O que está acontecendo agora no Brasil, país tão querido para mim, é só um começo de algo que vai se espalhar pelo mundo como uma explosão. Sabe por que acredito nisso? É porque quem manda na política internacional hoje são os bancos. No momento em que o mundo vive sob um “regime bancário” de governo, uma crise econômica, como a vivida hoje na Europa, é uma fonte de desequilíbrio político. Como acreditar em harmonia se os bancos deixam a economia de um país falir? Os jovens foram às ruas porque as pessoas que estão no poder agem em prol do dinheiro e não do bem-estar alheio.

O que houve de diferente nos protestos de 1968?
Muitas coisas, a começar pela afirmação da liberdade sexual. E isso se reflete no cinema. Nos anos 1960, você jamais veria um filme sobre a paixão entre duas mulheres como “La vie d’Adèle — Chapitre 1 & 2” (longa que rendeu a Palma de Ouro ao franco-tunisiano Abdellatif Kechiche no Festival de Cannes, em maio). É um filme maravilhoso, mas que reflete um novo tempo, no qual as relações entre homens e mulheres parecem desinteressantes. Em 1968, o cinema ainda falava da mulher como um objeto do desejo masculino.

A senhora tem medo do que a França possa sofrer se começar a haver protestos por aí?
Eu não tenho medo de nada. Não tenho mais idade para isso.

Nem da morte? Não é estranho para alguém que vive há seis décadas como um mito pensar em morrer?
Não importa o que eu seja no imaginário alheio: mito, diva. Eu sou apenas mulher. E como qualquer mulher, aliás, como qualquer ser humano, vou morrer um dia. Estou me preparando para a chegada da morte. Quero apenas saber que deixei tudo em ordem, na minha casa, na minha vida e mesmo no cinema, antes de partir.

O que significa “deixar tudo em ordem no cinema” para alguém que filmou com diretores como François Truffaut, Louis Malle, Orson Welles? O que a senhora aprendeu com eles?
A cada vez que faço um filme, aprendo muito mais sobre mim do que sobre cinema, ou sobre o mundo. Atuar para um filme é um ato de descobrir mais sobre sua própria natureza projetando-a em um personagem. Eu sou um mistério para mim. Eu filmo para ter uma ideia mais precisa do que sou. Sobre “deixar tudo em ordem”, no cinema, é ter a certeza de que trabalhei com diretores que valorizaram o papel da mulher na sociedade.

Esse é o caso de “Uma dama em Paris”, em que a senhora vive uma imigrante da Estônia às voltas com um amor do passado?
“Uma dama em Paris” são as memórias de uma mulher que deixou a Estônia na pobreza e sobreviveu na França com dificuldade, com a ajuda dos homens que conheceu e daquele por quem se apaixonou. Não penso que seja um filme sobre solidão, como algumas pessoas dizem, e sim um filme sobre a realidade de alguém que deu adeus ao sexo, mas não ao amor.

Há dois filmes seus ainda inéditos para estrear no Brasil: “La Duchesse de Varsovie”, de Joseph Morder, e “O Gebo e a sombra”, de Manoel de Oliveira. A senhora mantém uma produtividade invejável, atuando em uma média de dois longas por ano. Como avalia o cinema feito hoje na França?
Há muita coisa sendo produzida e você se depara como filmes incríveis como “La vie d’Adèle”. Mas o que lamento no cinema contemporâneo, de modo geral, é que as relações sexuais no cinema vêm se vulgarizando num ponto que beira a estética pornô. É assim em todo canto. Quando comecei, os diretores tratavam as mulheres nas telas com mais poesia, mesmo pelo viés sexual. Essa história de me enxergarem como mito só me interessa num ponto: saber que apareci em um momento no qual havia diretores interessados em falar da força da mulher. E eu servi a esses cineastas da forma que pude. Hoje, o cinema se “masculiniza” de uma forma estranha. Você vê mais filmes sobre homens, sobre cobiça, sobre riqueza. Onde fica a mulher nisso?

Fonte: O Globo
 Jeanne Moreau com o diretor Cacá Diegues e a capa do filme Joanna Francesa que teve cenas gravadas em União dos Palmares.

 Fotos do filme.

 Trecho de Joana Francesa, filme de 1973, de Cacá Diegues.
 
 Letra e música de Chico Buarque, trilha sonora do filme Joanna Francesa, na voz Jeanne Moreau.

domingo, 30 de julho de 2017

Zumbi dos Palmares em Quadrinhos

Quando eu falo com alguém sobre Zumbi dos Palmares, normalmente, a primeria coisa que eu escuto é “escravo” ou algo dessa natureza. Primeira coisa é que o povo africano não era Escravo, mas foi escravizado.

Tem muita diferença.

Justamente por haver essa discordância/ignorância no debate de informações, senti a necessidade de discutir esse assunto aqui no blog.  Vamos iniciar de uma forma mais light, com uma leitura da história de Zumbi dos Palmares no formato de HQ. A edição tem, claro, a parte de quadrinhos, mas há um apanhado históriográfico contado no início do livro.

A história de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, contada em forma de história em quadrinhos como nunca antes se viu. O Quilombo dos Palmares, localizado na Capitania de Pernambuco, atual região de União dos Palmares, Alagoas, era uma comunidade, um reino formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. 

Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas. 

Confira a história completa:http://goo.gl/3nc46w

sábado, 29 de julho de 2017

Prefeitura de União dos Palmares promove o mutirão “Saúde na Comunidade”

A Prefeitura de União dos Palmares promove neste sábado (29/07), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, o mutirão “Saúde na Comunidade”, projeto que vai ofertar diversas ações de grande relevância para a saúde pública. O evento vai acontecer na Praça Basiliano Sarmento, das 08h às 17h. O objetivo é que ocorra mensalmente e de forma móvel, atendendo todas as regiões do município através da mobilização conjunta de profissionais qualificados da saúde e parceiros do projeto.
“A ação tem como finalidade principal atingir pacientes que estão com dificuldades para marcar exames e consultas, reduzindo o tempo de espera da população que precisa ter acesso aos serviços ofertados pela saúde do município. Sabemos bem da necessidade de prevenções e diagnósticos prévios, além da conscientização sobre problemas de saúde frequentes”, explica o secretário da pasta, Filipe Almeida. “Estamos engajados para tornar isso um evento mensal”, disse o prefeito Areski Freitas.
Além de ofertar atendimento médico generalista, ginecológico e pediátrico, o projeto busca ainda levar educação e saúde às comunidades palmarinas, oferecendo serviços e palestras de nutrição, enfermagem, psicologia, fisioterapia, assistência social e neuropsicológica por meio de orientações de prevenção e cuidados com a saúde.
Confiram as ações:
  • Aferição de pressão arterial
  • Avaliação do índice de massa corporal (IMC)
  • Circunferência abdominal
  • Teste de glicemia,
  • Atendimentos com generalistas, pediatras e dentistas.
  • Realização de ultrassonografia e eletrocardiograma
  • Testes para HIV, hepatites e sífilis.
  • Vacinação contra hepatites virais
  • Palestras com nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e neuropsicólogos.
  • Distribuição de preservativos,
  • Ações da Embelleze ofertando atendimentos estéticos.
  • Fonte: Cadaminuto

quinta-feira, 27 de julho de 2017

#ACORDABRASIL #EuSouProfessor/a


Reitor da UNEAL ameaçado de morte



Venho, através da presente postagem, tornar público a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL e à sociedade alagoana, que ontem, quando eu voltava do almoço para a Reitoria, aproximadamente, às 14h30min., a Secretária Executiva da UNEAL recebeu uma ligação no telefone fixo da Instituição, ameaçatória, destinada a mim, afirmando que eu seria um homem morto, no primeiro dia após a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, prevista para o mês de agosto.

Como realizarei, mesmo, a concessão do ato, aprovado, democraticamente, respeitando todas as normas regimentais da UNEAL, por 100% do Conselho Superior, órgão máximo de deliberação da Instituição que represento, com resolução publicada no Diário Oficial de Alagoas ainda em 2012, tomei os seguintes encaminhamentos:

1-Abri um boletim de ocorrência-BO na delegacia civil de Arapiraca. (Fui acompanhado pelo advogado da UNEAL, a secretária executiva, a assessora de comunicação e a pró-reitora de gestão e planejamento).

2-O advogado solicitou o rastreamento da ligação para identificar a procedência da ligação e demais providências de investigação.

3-Comuniquei ao excelentíssimo senhor governador Renan Filho para que, junto com  a Secretaria de Defesa Social de Alagoas, tomem as medidas cabíveis.

Lamento, profundamente, que tenhamos que conviver com tais posturas fraudadas no ódio e contra a integridade e dignidade humana. Não bastassem os problemas de toda ordem ora vividos pelos gestores das Universidades públicas brasileiras, em função das recentes posturas políticas relacionadas ao cumprimento de nossas missões institucionais.

Comunico aos meus familiares e amigos que tenho buscado a tranquilidade que o caso requer e, como homem público que sou, estou sob controle e proteção do Estado.

Espero continuar seguindo o curso da vida e de minha missão concedida pela maioria da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL.

Prof. Jairo José Campos da Costa
Reitor da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Turma Bis esteve em União dos Palmares realizando mais um de seus shows


No último sábado, dia 22, a banda católica Turma Bis da cidade de Bom Conselho esteve em União dos Palmares, Alagoas, participando da festa em homenagem ao dia de Santa Maria Madalena, padroeira do município alagoano.

O show contou com a presença de um grande público que ficaram maravilhados com a apresentação. O show contou com muito louvor, animação, danças e oração. A Turma Bis mais uma vez cantou e encantou.

Diante da dimensão do show, a Turma Bis recebeu diversos convites para retornar, bem como para outras cidades cujas caravanas estavam presentes na festa em União dos Palmares, que contou também com a apresentação do Padre Antônio Maria.

Está foi à terceira vez, em menos de sete meses, que a Turma Bis esteve se apresentando nesta região alagoana. Em setembro próximo, a banda vai comemorar 14 anos de estrada e muito sucesso alcançado neste período.

Fonte: Blog Tiago Padilha

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Sede da Usina Laginha e outros bens serão leiloados nesta quarta (26)

Somente a sede, situada em Maceió, está avaliada em mais de R$ 15 milhões.

A 1ª Vara de Coruripe dá início nesta quarta-feira (26), às 14h, ao leilão de bens da Massa Falida da Usina Laginha Agroindustrial S/A, empresa pertencente ao antigo Grupo João Lyra. Este primeiro pregão encerra-se no dia 4 de agosto, no mesmo horário.
Serão leiloados terreno e imóvel onde funcionava a sede da empresa, no bairro Jacarecica, avaliados em R$ 15,72 milhões; um apartamento na rua Cláudio Ramos, nº 331, no bairro Ponta Verde, estimado em R$ 650 mil; uma sala e uma garagem no edifício “Avenue Center”, no centro de Maceió, com valor de R$ 145 mil; e uma aeronave modelo EMB-820C Carajá, ano 1985, ponderada em R$ 340,5 mil.
O leilão será conduzido pelos leiloeiros Renato Schlobach Moysés e Osman Sobral e Silva, matriculados nas Juntas Comerciais de São Paulo e de Alagoas, respectivamente. Os lances poderão ser ofertados pela internet, no neste link. Presencialmente, pode-se participar em São Paulo, na Av. Eng. Luís Carlos Berrini, nº 105, 4º andar, bairro Vila Olímpia.
Caso os lances ofertados não atinjam o valor da avaliação dos imóveis, no 1º pregão, o leilão terá continuidade até as 14h do dia 14 de agosto (2º pregão).
O processo da massa falida da Laginha está sendo conduzido pelos juízes Leandro de Castro Folly, Phillippe Melo Alcântara Falcão e José Eduardo Nobre Carlos.
Da Assessoria TJ-AL / Editado pela Redação

"Obrigado meu DEUS por minha infância" Por Vania Monteiro


Tive uma infância maravilhosa aqui na Barra. Brincávamos toda tarde com meus amigos, de pular corda, de correr, de pik esconde entre outras brincadeiras.

Lembro que no primeiro dia que fui para a escola eu chorava muito, primeiro dia de aula tudo novo quem nunca chorou?

Gostava quando dava 16:00 horas da tarde e junto com as amigas íamos chupar mangas, eu comia uma bela de uma manga verde com sal, que delícia! comia com tanta vontade que neste momento que escrevo esta dando água na boca.  

Aproveitávamos para tomar banho no Rio Canhoto. No rio eu mim divertia, ia alegremente dá um "TIBUNGAR" nas águas.

Em época da festa da padroeira de Nossa Senhora de Lurdes, ia com minhas irmãs passear e, nós andávamos nos cavalinhos, patas, carrinhos e outros brinquedos que vinham para o evento. 

Minha infância foi muito boa, e até agora, está sendo. 

Aqui vou terminando e agradeço a DEUS por minha história, por lembranças boas e saudáveis.

Obrigado meu DEUS!

Vania Monteiro da Silva, aluna do 9 Ano "B", da Escola Municipal Dr. Antonio Gomes de Barros.   

Usina Laginha em fotos antigas

Antigos tanques de álcool que foram arrastados na última enchente de Junho de 2010.


domingo, 23 de julho de 2017

Praças Palmarinas


 Praça da Cohab Nova

A Memória, Zumbi dos Palmares e outras reflexões. Não necessariamente nessa ordem

Hoje pela manhã ao sair para mais um passeio com o pequeno João –, e não foi um passeio fácil, uma vez que o conduzia em seu carrinho de bebê numa cidade que não oferece calçadas para pedestres e sequer acessibilidade para os portadores de deficiências -, dei-me por satisfeito, após várias dificuldades, por chegarmos “inteiros” ao nosso destino: a Praça Astolpho Lobo, no Centro de Bom Jesus do Norte (ES) para mais uma manhã de sol.
É de todos sabido dos inúmeros benefícios que o caminhar propicia a seus praticantes. 

Alguns o fazem por recomendação médica, outros por hobby, outros ainda na intenção de um encontro “casual” e há ainda aqueles que não têm responsabilidade com essa prática; fazem quando estão “afins” de fazer, no caso, o grupo que me incluo.

O fato, é que nas poucas vezes que caminho, permito-me olhar atentamente às coisas que estão no mesmo local em que passo normalmente de carro, mas que em decorrência do corre-corre do dia-a-dia passam-me despercebidas, como a obra de um prédio em andamento ao lado do Colégio Estadual Gil Veloso, no centro da Cidade.

Quando chegava próximo ao meu destino que fica próximo à obra, refletia acerca do “sentido” do Dia da Consciência Negra que se comemora no dia 20 de novembro em vários municípios brasileiros em memória da luta de Zumbi dos Palmares contra os horrores da escravidão no Brasil.

Dessa reflexão, um dos pontos a que cheguei à conclusão foi a de que esta dependência da história do passado em relação ao presente deve levar às pessoas a tomarem certas precauções. Não restam dúvidas de que ela é inevitável e legítima, na medida em que o passado não deixa de viver e de se tornar presente. Esta longa duração (Braudel) do passado não deve, no entanto, impedir os não-historiadores de se distanciarem do passado; uma distância reverente, necessária para respeitá-lo e evitar o anacronismo.

Estava nesse ponto da montagem da arqueologia do sentido do Vinte de Novembro, quando subitamente me deparei com três trabalhadores da obra anteriormente mencionada e que colocavam uma espécie de viga de ferro em uma altura aproximada de quinze metros do solo bem próxima da rede elétrica de alta tensão. Faziam isso sem capacetes, luvas, botas, cintos de segurança ou qualquer outro equipamento que em caso de acidente minimizasse seus danos.

Ao presenciar a cena, na hora sai da construção mental que fazia para adentrar na dura realidade desses trabalhadores. Desamparados, desprotegidos, - nessa época sob um sol escaldante - para em dando sorte de chegar vivo ao final de sua difícil jornada de trabalho, levar o tão esperado alimento que suas famílias ansiosamente aguardam. Confesso que meus olhos embotaram com a cena e a covardia perpetrada pelos responsáveis pela obra contra aqueles homens e, por conseguinte seus familiares.

Não sou nem nunca serei a palmatória do mundo, mas pelo amor de Deus, deixemos a hipocrisia de lado rendendo homenagens póstumas a uma pessoa que morreu há séculos atrás (por uma luta mais que justa, sem dúvidas), e prestar mais atenção ao tempo presente, aos que estão aí, sejam eles (as) negros, pardos ou brancos e que sem dúvidas constroem o imprescindível tempo presente. São eles que merecem nossas homenagens e respeito.
Penso que as autoridades dos Três Poderes deveriam prestar um pouco mais de atenção a isso, e tomem  atitudes enérgicas contra aqueles que, de olho no vil metal, negligenciam questões de segurança, trabalhistas e outras não menos importantes contra essas pessoas que só querem terminar seus dias bem, mas ao que me parece, para as autoridades essas questões são invisíveis; simplesmente não existem.  

Diante do exposto, como comemorar o Dia da Consciência Negra se aqueles brancos e pardos que vi há poucas horas atrás em muito se assemelham aos escravos de fins do período imperial (1888-1889), mas simplesmente não têm voz, não têm dia, e infelizmente não têm esperança, tais quais seus pares negros de séculos atrás, mas que estão aí, bem próximos a nós, mas sem nenhum Dia da Consciência?

Marcelo Adriano Nunes de Jesus

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Escola Municipal Antonio Gomes fecha o primeiro semestre com festa entre alunos e funcionários


Hoje, 21, encerrou o primeiro semestre nas escolas municipais da zona rural e urbana de União dos Palmares. A Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em nome de Rimelc Shirley, avisa que o calendário letivo volta dia 31 de julho.

A Escola Municipal Dr. Antonio Gomes de Barros, localizada em Rocha Cavalcante, depois de uma semana de avaliações com os estudantes fez nesta sexta-feira um encerramento com festa entre funcionários e estudantes. Professores e alunos ficaram responsáveis para trazer os quitutes e refrigerantes.

Segundo a professara de língua portuguesa, Quitéria Domingos, essas festas servem para amarrar os laços afetivos com os alunos e com isso ter resultados positivos nas aula. "Temos as mesmas preocupações que os pais deles têm em casa. Queremos o melhor futuramente para todos, é por isso que ficamos tristes quando não vemos interesse de alguns", disse.

"E os estudantes vão melhorando quando o professor conquista ele com seu moral, seu pulso de profissional e no companheirismo", completou a coordenadora Edileuza Silva.

A felicidade dos alunos por esse recesso era evidente e todos queriam aproveitar o máximo das comidas e a presença dos amigos na festa. Para os educadores esse descanso de uma semana será para recarregar as forças para colocar em dia cadernetas, planejamentos de aulas, pesquisas na internet e verificações de vídeos e filmes que possam contribuir com as aulas.

“Na escola um funcionário sempre está precisando do auxílio do outro. É trabalhar em equipe, não existe ‘eu fiz’, porque se estou na direção eu dependo do trabalho de vocês e vocês do nosso”. Vice-diretora Bernadete Lourenço (Bel).

Na ocasião muitos agradecimentos como o da professora Isabel Araújo Estevam que leciona Matemática e trabalha o primeiro horário na cidade de São José da Laje, “Fui tão bem acolhida aqui na Antonio Gomes e me identifico tanto com os alunos que gostaria de trabalhar os dois horários aqui”, e finalizou “Mas pretendo ficar aqui até quando Deus permitir para ficar com vocês.

Bom recesso para todo/as!