Pages

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Coletivo A Fábrica faz balanço do seu primeiro ano.


Ano encerrando é hora de prestar contas das ações do Coletivo A Fábrica. Tudo bem que 2012 foi o ano de nossa estreia na cultura palmarina. Ano cheio de dificuldades, mas logo ultrapassadas graças ao empenho dos bravos que compõem a equipe. Todo o trabalho executado já nos rende certo reconhecimento na cidade, o que nos anima ainda mais para que a gente continue criando e crescendo em 2013.

Como vocês já sabem nossas ações são baseadas na cultura palmarina e, em grande parte, voltada ao público alternativo. Assim, conseguimos juntar os tradicionais e novos agentes de cultura palmarinos.

Desde a nossa criação, em março, estamos pensando e produzindo para cumprir a meta de “promover, apoiar e difundir a cultura palmarina”, nosso lema. Com todo o trabalho que tivemos e elogios recebidos podemos dizer que conseguimos.

Nossas ações esse ano, basicamente, foram divididas entre música, cinema, arte visuais e literatura. E vamos descrever cada uma delas abaixo:

MÚSICA – a primeira participação do coletivo foi apoiar a realização do ESTAÇÃO ROCK, organizado pelo GEMECA, em agosto. Setembro foi a vez de apresentar o nosso cartão de visitas: o FESTIVAL INTEGRADO DE ARTES LINHA DE PRODUÇÃO. Evento ousado e totalmente diferente do que já aconteceu na cidade. O festival teve apresentações musicais, inclusive com bandas de Pernambuco e São Paulo, exposição de arte, sala exibidora de documentários e clipes, estúdios de tatuagens e piercing e, ainda, arte de rua. Em novembro apoiamos o III ENCONTRO ALAGOANO DE HIP-HOP.

CINEMA – o segundo ano do CINE LANTERNA MÁGICA (do cine clube Lanterna Mágica) continuou a apresentar filmes de forma gratuita, aos sábados, mais uma opção de lazer para os palmarinos. Ao todo foram 25 exibições de filmes clássicos ou que não passaram em grandes circuitos. O cine volta em 2013 para o seu terceiro ano de exibições.

ARTES VISUAIS – o que nos encheu de orgulho esse ano foram, sem dúvida alguma, o lançamento do artista Islan Mararte, que apresentou seus desenhos na exposição SOTURNO, durante o Festival Linha de Produção e a exposição IRINÉIA: UM SUTIL OLHAR, que mostrou um pouco do trabalho da artesã palmarina Dona Irinéia através de suas obras e das fotos produzidas por Thiago Alexandre. A exposição foi vinculada ao projeto NEGRACOR: PINTANDO A CONSCIÊNCIA, em novembro.

O trabalho sobre a artesã nos abriu portas e nos levou até Murici, a primeira cidade em que apresentamos nossos trabalhos além de União, de 03 a 15 de dezembro. Em breve estaremos desembarcando em Arapiraca e Maceió.

LITERATURA – o SARAU NEGRACOR (a partir de janeiro será o Sarau do Coletivo) apresentado durante o projeto Negracor tomou vida própria e a partir de 16 de janeiro terá uma edição a cada mês. Sempre na terceira quarta-feira.

E o que foi o NEGRACOR: Pintando a Consciência? O projeto foi desenvolvido com ações especialmente voltadas para o mês da Consciência Negra (novembro). Buscando homenagear o líder negro Zumbi e propor novos tópicos para pensar a cultura negra em União dos Palmares. Todo o projeto foi dividido em eventos que se completavam: Ciclo de Palestras; Oficinas; Exposição; Sarau Negracor, Festa Black e Circuito de Filmes Pintando a Consciência.

O ano de 2013 chega já e traz consigo uma vontade de fazer mais pela cultura palmarina. Agradecemos o apoio e carinho de todos que sempre se fizeram presentes em nossos eventos.

E não podemos esquecer das pessoas físicas e jurídicas que apoiaram e financiaram nossas iniciativas. Valorizar a cultura, vincular marcas a eventos criativos e diferenciados ainda é algo difícil para grupos como o nosso, mas aos poucos demonstramos a seriedade suficiente para conseguir a confiança e apresentar resultados para os apoiadores e parceiros.

Nosso agradecimento maior é para todos os ARTISTAS (Islam Mararte, Dona Irinéia, União Quilombrothers, Estuário Mundaú Beat, Sick Mind, Dr. Lhama, Projeto Paralelo, Isegoria, Prisão Mental, Katty Winne, Foxy Trio, Poemas de Maio e Autopse) que abrilhantaram cada evento nosso!

OBRIGADO A TODOS.

O som do universo Por Wenndell Amaral


É difícil viver sem se questionar sobre várias coisas, isso para a maioria de nós, bichos humanos. Uma dessas coisas é sobre como tudo começou. Refiro-me ao universo e tudo mais.

Estamos inseridos num enorme contexto. Somo pequenas peças de um quebra-cabeça infinito, ou quase isso. Ao mesmo tempo cada um de nós cria seu próprio universo. Nossos ciclos pessoais. Do nascimento até a morte. Escola, profissão, relacionamentos, família, futuro, morte.


Afirmam que há aproximadamente 15 bilhões de anos tudo foi criado. O ser humano é mais novo que o resto, dependendo de para quem se fala. Se foi deus ou se nós surgimos de outros animais.


Enfim. O interessante pra mim é que quando penso no surgimento de tudo, penso no som. Qual foi o barulho? E quando tudo acalmou, o que ficou de plano de fundo? Não sei. Provavelmente ninguém sabe nem saberá.


Mesmo assim, gosto de pensar que depois do trabalho cósmico realizado, o som do mar foi o primeiro som do universo. Pelo menos do universo do planeta terra.


É a influência que incidiu nesse mamífero humano que vive no clima tropical úmido, do leste do estado de Alagoas, região nordeste do Brasil, América do Sul.


Nem gosto tanto assim do mar. Porém, o som gerado pelo seu movimento é um calmante que aprecio com moderação, assim como os pulos no ritmo do rock n´ roll.