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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AL Perigo Por José Minervino Neto


Medo. Está difícil até de respirar em Alagoas. Seja na capital ou no interior. A violência nos obriga a olhar, olhar e olhar várias vezes antes de atravessar a rua. Um cara mau pode vir de surpresa, sacar uma arma e levar, além de nossos pertences, a vida.

Já se foi o tempo em que dormíamos de portas abertas no verão por conta do calor. Hoje, compramos condicionadores de ar. E portões enormes. E aumentamos o muro, colocamos cerca elétrica e cachorro brabo. Não adianta. O jeito é contar com a sorte. Ou com a esperteza ingênua de dar um trocado ao marginal para mais tarde ele não levar tudo. É uma realidade estranha, onde quem deveria estar preso é livre.

Enquanto isso, na periferia, mães rezam, rezam, rezam.

Alagoas, esse paraíso das águas, vai se colorindo de vermelho púrpura a cada dia nas folhas de jornal e telas de computadores e tv's.

Enquanto isso, no Palácio, o governador bebe seu uísque importado, longe dos ruídos e do calor.

A mídia alardeia os números.

Enquanto isso, silêncio no Palácio.

Jovens, negros em sua maioria, são assassinados todos os dias.

Pessoas morrem nos hospitais sem atendimento.

Meninos e meninas sem escola digna.

Enquanto isso, silêncio, silêncio, silêncio... no Palácio. Não! Ouve-se um tin-tin!

Onde está o Superman? Batman, você está atrasado!

Cuidado, motoristas, vocês estão numa rodovia esburacada e sem sinalização, a AL Perigo.

As minhas Alagoas são outras, não custa nada repetir, né, Jorge?
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Vale muito a pena ler este artigo da revista Piauí: Engolfado pela violência, de Plínio Fraga, que, ao contrário desse meu desabafo pueril, faz uma baita crítica à política de Alagoas e todo o seu retrocesso.

Blog 10 inquietos

6° Edição da Copa Sandro Melo de Jiu-Jitsu Acontecerá no Final de Janeiro


Aos 30 anos Alex Tenório que é faixa preta em Jiu-Jitsu disse ao blog que vêm passando por um momento especial em sua vida. Realizado na condição de professor onde hoje conta com 148 alunos, dos municípios de União dos Palmares e São José da Laje. Brevemente a academia estará na cidade de Branquinha.

Para isso ele conta com o apoio de Lívia Tenório, sua esposa que também é professora de Jiu-Jitsu, Alex disse que ela é seu braço direito em tudo, a mesma toma conta da academia quando o mesmo tem alguma reunião no trabalho.

Com uma rotina puxada de treinos e trabalho, pois ele é funcionário da Empresa SDI que produz o achocolatado Todynho. Para isso ele acorda às 5h da manhã e só para as 20h quando termina de dar aula a última turma.

Quem assiste pela primeira vez a uma aula de Jiu-Jítsu fica impressionado com a disciplina dos atletas, isso porque os mesmos só fazem algo se pedir autorização do professor como, entrar ou sair do tatame, cumprimentar os colegas etc.

Os atletas só treinam descalços isso porque os calçados poderiam estar contaminados e caso ocorra um acidente com os atletas, o tatame é higienizado. O mesmo cuidado é com a vestimenta, já que a roupa fica suada e para não ter mal cheiro os atletas tem o hábito de lavar depois de um dia do treino.

Fora a disciplina que é motivo de satisfação por parte de pais e alunos que frequentam as aulas, outros motivos são enumerados. Mãe de uma aluna, a dona de casa Alcione Felix de Moraes, disse que ver os resultados que o esporte trás para a filha como, disposição, regras, educação e ensinamentos.

No final do mês de janeiro acontecerá, a 6° Edição do Campeonato Sandro Melo de Jiu-Jtsu que contará com atletas palmarinos e das cidades circunvizinhas. O professor Sandro Melo que faz parte da arbitragem estará também participando do evento.

Alex Tenório aproveitou o momento para alertar os alunos sobre a preparação do evento que se aproxima, para que os mesmos tenham cuidado com a saúde e não se aventurarem em outros esportes como, futebol, corrida, natação etc. Para não terem lesão e com isso não se prejudicarem na competição.

Alex Tenório que é patrocinado pela Loja Esporte Cal e da empresa SDI do empresário Daniel da Quaker disse que o esporte é um investimento caro, fora o vestimenta que custa 300,00 reais, os alunos tem mensalidade, suprimentos alimentares, como também dinheiro para as competições que ocorrem fora de União dos Palmares.

Mesmo assim muitos alunos que não tem condições, não deixam de treinar, alguns deixam para comprar o quimono meses depois e algumas vezes já fizeram cota para comprar vestimenta para algum colega.

As aulas ocorrem semanalmente no Colégio Correia Vianna e as mensalidades custam 20.00 reais, um preço bem abaixo em relação a outras cidades de Alagoas. Alex Tenório disse que não adiantar elevar o preço das mensalidades, já que muitos alunos não teriam condições de arcar com as despesas.



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Lívia que comemorou seu aniversário ontem ao lado de algumas alunas de Jiu-Jitsu
+ Sobre os atletas palmarinos AQUI