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sábado, 2 de junho de 2012

Presidente de Assentamento em União é Acusada de Perseguição

Maria Gomes e seu filho Tiago, denunciam perseguição no assentamento.

Residente na comunidade Gordo desde que nasceu nas terras que já pertenciam a seu pai e familiares, Maria José Gomes, 56, e seu filho Tiago Gomes da Silva, 29, dizem que estão sendo vítimas de perseguição pessoal por contestar certas situações na atividade da Associação Padre Emílio April, do assentamento Gordo, na zona rural de União dos Palmares.

Em contato com a imprensa, Maria José fez várias revelações sobre a situação em que se encontra a entidade. De acordo com ela, quando o Incra adquiriu as terras da região para os assentados, a área de 121 hectares seria para beneficiar as 22 famílias residentes no local.

“No entanto foram cadastradas mais 16 famílias, totalizando 38 inscritos. Essas outras famílias não seriam da localidade”, informa Maria José.

Segundo a agricultora, outras questões que acontecem com frequência são os valores baixos repassados de recursos federais que chegam para beneficiar as famílias assentadas, como o valor de R$ 2.400, destinados para a compra de carro- de- mão, arames e mangueiras de irrigação, do qual só foi feito o repasse de R$ 685.

Maria José argumenta que outro problema é com o recurso destinado à compra de animal leiteiro (vaca, bezerro) que seria de R$ 2.500, mas as famílias só recebem R$ 800.

Ela denuncia ainda a questão das casas para os assentados. “O governo federal repassou os recursos para a construção de 38 casas, mas apenas 13 foram iniciadas e não concluídas. O incrível é que o dinheiro para a construção das casas já acabou e nada foi feito”, critica Maria perguntando: “Para onde foi o dinheiro?”.

Maria José observa que quando estas questões começaram a ser levantadas pela família dela, a presidente da associação, Alaíde Ribeiro, começou a perseguir, cortando o nome de Tiago Gomes da relação de beneficiados pela entidade, por ele não aceitar receber a metade dos recursos destinados aos assentados.

Outra denúncia feita pela assentada é que Alaíde Ribeiro também teria feito ameaças de cortar e expulsar do assentamento qualquer pessoa que testemunhe a favor dela (Maria José Gomes), que já levou o caso ao conhecimento do Ministério Público Federal e à superintendente do Incra em Alagoas, Lenilda Lima.

Ela destaca que vários documentos foram encaminhados a esses órgãos, desde o começo de 2011, até mesmo requerimento coletivo da Câmara de Vereadores.

Os denunciantes disseram à imprensa da construção irregular de uma residência às margens da BR-104. “Na frente da casa foram plantadas bananeiras como forma de esconder o local, que é de alto risco, pois está localizada numa das curvas da pista. O Incra parece ignorar essa situação, eles nem querem mais me atender”, disse Tiago Gomes.

Com informações de Clezivaldo Mizael e João Paulo Farias

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