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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Conheçam as doceiras do Povoado Muquém

Doceiras do Muquém
A convite de Maria das Dores Oliveira (Dorinha) estive no Povoado Muquém, zona rural de União dos Palmares, para provar os doces caseiros produzidos pelas doceiras da comunidade. A tradição dos doces é uma herança dos mães e avós das cozinheiras. 

Antes, os doces eram feitos em outubro e novembro para as festas de fim de ano e ficavam armazenados em potes de barro, pois não havia rede elétrica na comunidade, o que impedia o seu armazenamento de longo prazo.

Segundo Dorinha, que presidente da Ádapo - Muquém de Remanescestes Quilombolas (associação dos moradores do Muquém), as frutas usadas nos doces são as de época. Nesse momento, as doceiras estão trabalhando com mamão, abacaxi, banana, jaca, manga e goiaba. A produção ainda é pequena e os alimentos são feitos na cozinha de Dorinha. O local para a futura fábrica já está definido. A associação procura parcerias para viabilizar o projeto, que futuramente irá trabalhar com o pé-de-moleque, outro alimento cultural do lugar.

Como muitas famílias na comunidade são pobres, a fabricação de doces no local é uma alternativa financeira, pois muitas vivem da cana-de-açúcar. A comunidade ainda busca outras fontes de sustento. "Quem comprar o doce da comunidade, compra também um pouco de nossa história" diz Dorinha.

Maria Aparecida (Aninha) de 35 anos é uma das doceiras. Considerada pelas demais uma "cozinheira de mão cheia", já que é habilidosa no preparo de diversos pratos. Mãe de 4 filhos, ela diz que lembra das festas de São João, onde as mulheres faziam vários tipos de comidas de milho, e como sempre ajudou nas festas em casa aprendeu a fazer os alimentos. Clemilda Nunes de 39 anos disse que também aprendeu a cozinhar com os mais velhos. Em suas memórias, depois da festa de ano novo a comunidade do Muquém seguia em romaria à cidade de Flexeiras, para visitar os santos. A comunidade hoje não tem terreiros de umbanda, a sua maioria são católicos, porém no Muquém tem curandeiros.

Aos 42 anos e formada em letras pela FUNESA, atual UNEAL, Dorinha vem divulgando os trabalhos das doceiras em União e nas cidades vizinhas. Na Feira dos Municípios, realizada em janeiro em Maceió, elas estavam lá vendendo seus produtos. A presidente disse que pretende ficar na coordenação e futuramente incluir mais mulheres no preparo dos doces. 

Com outros projetos na cabeça, Dorinha disse que nos novos projetos serão incluídas famílias diferentes, para que outros trabalhadores do povoado possam ter um renda no final do mês.

 Contatos de Dorinha 9928 5019, 9141 3143, 8836 8670 e 8137 3619

Seja um doador de sangue!


Sempre que possível eu venho fazendo campanha no blog para que os amigos/leitores doem sangue. É comum vermos na TV e redes sociais os apelos para que doadores possam ir ao Hemocentro de Alagoas, Hemoal. Se as pessoas não vão à Maceió para fazer a doação, o Hemoal vai ao interior fazer essas coletas.

Em Maceió, o Hemoal tem capacidade de fazer milhares de coletas, nas cidades pra qual a equipe se desloca a meta é de 100 cadastros para doação, isso porque no ônibus há , apenas, um profissional de cada área e eles não têm condições de fazer mais coletas.

A assistente social Verônica Maria Salgueiro de Almeida disse, em sua última passagem por União dos Palmares em janeiro, que os palmarinos são muitos solidários ao chamados do Hemoal. Segundo ela, sempre que a equipe vem a União eles batem a meta rápido. Veronica Salgueiro diz que as campanhas para doação de sangue são frequentes, já que sangue é usado diariamente nos hospitais, postos de saúde e etc. Em período de festa, como carnaval, esse número aumenta, pois as pessoas se excedem nas comemorações com álcool e acabam provocando acidentes. Ela acredita que com a nova Lei Seca os números de acidentes vão cair. 

Para doar sangue a pessoa não pode ter bebido nas 12 horas antes da doação, nem estar gripado, não pode ter diabetes, doenças venéreas, quem teve hepatite a partir dos 10 anos e ou quem fez tatuagem no período de um ano não pode doar.

Há 5 anos como assistente social do Hemoal, Veronica Salgueiro diz que se realiza cada vez que uma pessoa faz uma doação, pois ela tem anemia e não pode doar. Essa realização poderia ser vista quando em conversa com o advogado Bruno Monteiro, que doava pela primeira vez, ele contou que o principal motivo da doação era ajudar o próximo.

Uma lei estadual diz que o doador de sangue não precisa pagar a inscrição de até 3 concursos públicos.