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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Guardas Municipais de União dos Palmares reivindicam 30% de risco de vida

 
Na incansável luta por melhorias nas condições de trabalho e qualidade de vida, os Guardas Municipais de União dos Palmares abriram um canal de negociação com a prefeitura visando, além de outros pontos, o aumento da gratificação de risco de vida para 30%.

Na tarde de segunda-feira (27), os Guardas Municipais participaram de uma reunião com representantes do governo municipal – membros da Comissão de Recuperação Financeira - e dirigentes do SINDGUARDA-AL.

Na ocasião foi discutida a pauta e a adequação da categoria ao Estatuto Nacional das Guardas Municipais, Lei nº 13022/2014, a qual prever, dentre outros pontos, a proibição de contração sem concurso público e a permanência de militares à frente do comando das Guardas Municipais.

A estimativa é que a Prefeitura apresente uma contraproposta no prazo de uma semana, no entanto, os prefeitos alagoanos tem nivelado o discurso de que estão vivenciando forte crise financeira, o que não é nada bom para quem agoniza por melhores salários e condições dignas de trabalho.
 
Fonte: GM NOTÍCIAS-AL

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Morre o cineasta palmarino Simião Martiniano, o Camelô do Cinema



Passava das 6h da manhã desta segunda-feira (27), quando foi confirmada a morte de Simião Martiniano. Segundo seu registro de nascimento, ele tinha 82 anos,  mas garantia ter dois a menos. Simião vinha enfrentando um câncer no esôfago e estava internado na Santa Casa de Misericórdia, no Recife. 

Desde janeiro, quando passou mais de 20 dias internado no Hospital das Clínicas, o cineasta apresentava problemas de saúde. Mas, segundo a família, resistia para se submeter a exames e tratamentos. “Ele é teimoso demais”, reclamou, na época a filha Soni Moema, em entrevista a Mateus Araújo, repórter do JC.


Nascido em União dos Palmares, Alagoas, Simião Martiniano morava na comunidade Socorro, em Jaboatão dos Guararapes, com a esposa e uma neta. Ele chegou a Pernambuco aos 27 anos, e ficou mais conhecido após o documentário biográfico Simião Martiniano, o camelô do cinema, dos cineastas pernambucanos Hilton Lacerda e Clara Angélica. 

A obra de Simião é composta por oito longas: O herói trancado (1999); A rede maldita (1991); O vagabundo faixa preta (1992); A mulher e o mandacaru (1994); Traição no Sertão (1996, originalmente filmado em super-8, em 1979); A moça e o rapaz valente (1999); A valise foi trocada (2007); e, o mais recente, O show variado (2010).

Espacial: Do camelódromo para o mundo da ficção

 
Sem nunca haver trabalhado com equipamento profissional, o camelô Simião Martiniano já produziu e dirigiu oito filmes. Enquanto a Fundarpe investe até R$ 230 mil em projetos de audiovisual, ele gasta uma média de R$ 1,5 mil por produção, gravada em VHS. 

Fenômeno singular na atual produção audiovisual de Pernambuco, Simião Martiniano, 70 anos, conhecido como o camelô do cinema, já produziu oito filmes, entre curtas e longas-metragens, a maioria rodada de forma artesanal em VHS por falta de dinheiro para filmá-los em película. Do início, há quase três décadas, até hoje ele nunca gravou com equipamento profissional de cinema e nenhum desses filmes, dos quais trabalha como escritor, produtor, diretor e, às vezes, ator, foi lançado em circuito comercial. À margem do sistema, Simião realiza os trabalhos na base do mutirão e exibe suas produções na rua, em colégios, associações ou cinemas municípais.

Exibindo e comercializando suas produções num box que mantém no Camelódromo do Recife, no Centro, o cineasta-camelô lembra que, antes de chegar a projetar um filme no circuito alternativo de cinemas municipais, a apresentação era nas ruas. "No início, a gente alugava os projetores de Super 8 e mostrava o filme em telões na rua mesmo, lá em Jaboatão (dos Guararapes, no Grande Recife)". Os ingressos cobrados, na década de 80, tinham preços irrisórios - equivalentes hoje R$ 0,50 e R$ 1.

Antes de chegar a seus próprios filmes, Simião Martiniano começou fazendo ponta como ator, ainda quando era mestre de obra no início dos anos 60, no Recife. "Um colega do trabalho me convidou para fazer uma ponta no filme Quando o gigante desperta, de Pedro Teófilo. Eu fazia um soldado holandês. Na metade do filme, acabou o dinheiro e a gravação foi interrompida", conta, sorrindo. Na segunda tentativa, outra polêmica: "Terminou a gravação do filme Luciana, a comerciária, de Mozart Cintra, mas a censura não permitiu a exibição". Nesta época, Simião fez um curso de cinema de seis meses com o diretor dos filmes.

Se as experiências como ator começaram frustradas, as de produtor seguiram o mesmo caminho. Simião escreveu e produziu a radionovela Minha vida é um romance (que também se transformou em um cordel), mas o que estava planejado para acontecer em 100 capítulos durou apenas cinco. "Aí se chamou doidice, viu... Eu gravava dentro de casa mesmo", lembra. Simião Martiniano, então, adaptou o roteiro da novela para o seu primeiro filme, Traição no Sertão (1979), que mistura ficção com parte da sua história. 

Gravada em Super 8 de uma forma amadora e com vários problemas de edição (como cortes bruscos nas imagens), Traição no Sertão custou o equivalente hoje a R$ 1,5 mil. "Os atores, que são meus amigos, trabalharam de graça e até pagaram para atuar. Os equipamentos também eram deles", diz o aposentado, que vive com um salário mínimo por mês mais cerca de R$ 200 das vendas no Camelódromo.

Mesmo com a precariedade dos filmes e os acabamentos modestos, Simião e toda a equipe que atua junto a ele são devidamente registrados no Conselho Federal de Cinema. Eles formam o Grupo Cineteatro Clênio Wanderley. As fitas do cineasta-camelô, ainda ignoradas pela maior parte do púiblico local, "mistura gêneros estrangeiros e elementos nordestinos com enredos de inspiração autobiográfica e popular", como afirma o radialista André Carlos Heliodoro, estudioso da "obra martiniana".

MAZAROPPI

Fã do brasileiro Mazaroppi e elegendo o filme O cangaceiro (1953), de Lima Barreto, como o melhor de todos, Simião, contraditoriamente, não vai ao cinema. A última vez foi no fim da década de 70. Atualmente assiste a filmes em DVD na casa onde vive, no bairro de Socorro, em Jaboatão, e também na velha televisão Sharp 14'', datada do início dos anos 80, instalada no seu box. E é no videocassete da barraca que ele coloca continuamente suas produções. Seus filmes estão à venda ao preço de R$ 20, para pernambucanos, a R$ 30 ("Para pessoas de fora", explica). "Se não tiver uma cópia na hora, a gente providencia", apressa-se em dizer o camelô, que comercializa também fitas VHS e vinis usados.

Em 1998, Simião foi cinebiografado em Simião Martiniano: o Camelô do Cinema, dirigido por Clara Angélica e Hilton Lacerda, documentário vencedor do II Festival de Cinema do Recife naquele ano. Só assim ele ganhou algum prestígio, conseguiu patrocínios e chegou a participar do programa Jô Soares, na Rede Globo. Atualmente, os holofotes se apagaram, mas o cineasta-camelô continua produzindo. O curta O show variado, que recebeu incentivo de R$ 40 mil da Prefeitura do Recife, já foi gravado, mas a verba para editar ficou pequena. "Preciso que outro projeto seja aprovado para editar as filmagens", diz, esperançoso.

Apesar da falta de conhecimentos acadêmicos sobre a técnica e a estética do cinema, Simião possui um trabalho de ficção único nos gêneros de western, terror, artes marciais e comédia. Além de escrever, produzir e dirigir os filmes, ele também se arrisca como músico, cantando as trilhas sonoras. "Eu faço a cultura do Estado. Pela cultura que eu fiz, talvez eu merecesse mais reconhecimento. Até no Canadá eu sou conhecido. Sou um dos melhores cineastas de Pernambuco", gaba-se, orgulhoso. Como relembra Simião, o filme A valise foi trocada foi assistido por mais de 300 pessoas no meio da rua, em um telão montado pela TV Cultura em São Paulo. Época em que colhia ainda a fama vinda com o filme sobre sua vida.

por ISABELLE FIGUEIRÔA
do JC ONLINE

domingo, 26 de abril de 2015

Disco Guana Vip

 Adquira o seu ingresso e chame a turma. Vamos se divertir entre amigos. O ingresso esta na Loja Completta ao lado da Loja Terno Com.

  Ou é só entrar em contato com Artur Guanabara pelo fone 9103-3182 ou 9931-6993.

sábado, 25 de abril de 2015

Ator Josafá Filho recepcionará estudantes palmarinos nas Caravanas do Esporte e da Música com direito a sessão de fotos com os personagens Walt Disney

Ator Josafá Filho o Felipinho da novela Sangue Bom.
 
A equipe das Caravanas do Esporte e da Música chegou a União dos Palmares na noite desta quinta-feira (23) e foi recepcionada no auditório da prefeitura, onde foi participou de uma reunião para definir os últimos detalhes para realização do evento.

Participaram da reunião, os secretários municipais, Francisco Viana e Macário Rodrigues; Cristiane Chagas (Diretora de Gestão da SEMED) , Ana Cardoso (PROMEPAZ-SEMED) , representaram o secretário de educação na composição da mesa; Elisabete Melo, coordenadora da 7ª CRE; Elisabete Souza do Conselho Tutelar; Tem. Cel. Túlio, comandante do 2º BPM; Mãe Neide; representantes de associações comunitárias e diretores das escolas municipais. 

Ainda na manhã desta sexta-feira (24), os produtores das Caravanas, a jornalista Ângela Santos e o ator Josafá Filho, acompanhados pelo Secretário Municipal de Educação, Adelino Ângelo e do Secretário de Administração, Francisco Viana, concederam entrevista ao radialista Melqui Marques no programa Show de Notícias da Rádio Farol.

"A Caravana do Esporte, que completa 10 anos de estrada, e a Caravana da Música, criada em 2007, contam com participações voluntárias de artistas e atletas, que emprestam sua experiência e seu exemplo nas etapas mensais das Caravanas para valorização da música e do esporte como ferramentas educacionais". Josáfá Filho

A diretora geral dos projetos, Adriana Saldanha participou da entrevista por telefone e destacou o objetivo da Caravana do Esporte e Caravana da Música, que são projetos de responsabilidade social do Canal ESPN Brasil e Disney, em parceria com o UNICEF e o Instituto Esporte e Educação dirigido pela medalhista olímpica Ana Moser. “A Caravana é um movimento de mobilização pelo esporte e arte educacionais, nossa estrutura permite a adequação de espaços públicos para a prática esportiva e visa atender o maior número de crianças e jovens pela garantia de seus direitos”.

O secretário de educação, Adelino Ângelo, destacou a alegria e a satisfação por União dos Palmares ser escolhida para receber as caravanas.“ Será uma semana de muito trabalho, mas que nos dá a sensação de vitória, beneficiando nossas crianças, jovens, educadores e a comunidade palmarina.

Quero destacar também o empenho do secretário Francisco Viana que comandou a articulação aqui no município, juntamente com a nossa equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação.

A abertura oficial das Caravanas do Esporte e da Música será na próxima segunda-feira (27), ás 19 h na Praça Basiliano Sarmento.

Com informações da AsCom Semed

Os palmarinos com as celebridades

Os palmarinos Fábio Alves Soares, "Bello" e Luciano Oliveira, "Dragão" com amigos e o jogador Ronaldo Nazário "Fenômeno"...

O apresentador Marco Luque (CQC)...
 O modelo Mateus Verdelho...

E com o cantor Junior Lima.

Veja também:

Bello, o jogador palmarino considerado o melhor do mundo no futevôlei.

AQUI

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A Serra da Barriga, buchuda de problemas, está relegada a um ostracismo inexplicável

A Serra da Barriga fica a cerca de 9 km do município de União dos Palmares, situado a nove quilômetros de Maceió, capital do estado de Alagoas. Faz parte do Planalto Meridional da Borborema.

Na Serra da Barriga foi edificado o  Parque Memorial Quilombo dos Palmares, primeiro equipamento do gênero no País, que  reconstitui o cenário de uma das mais importantes histórias de resistência à escravidão ocorrida no mundo: a história do Quilombo dos Palmares – o maior, mais duradouro e mais organizado refúgio de pret@s escravizados das Américas. Nele, reinou Zumbi dos Palmares, o herói negro assassinado em 20 de novembro de 1695, data em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra.

A Serra da Barriga buchuda de problemas está com o umbigo estufado pra  fora, relegada  a um ostracismo inexplicável.
 
Essa parte da história do Brasil não provoca alvoroço no seio da política local ou nacional, pois, o berço da primeira República Negra e Livre da América Latina conta histórias de independência, e desde quando a equidade do povo preto  brasileiro interessa aos poderes constituídos?

A Serra da Barriga hiberna entre o hegemônico desinteresse da classe política e a historicidade amorenada pela fragilidade dos espaços construídos.

Quase tod@s-  homens e  mulheres- da classe política em Alagoas, politicamente branc@s, “bem nascidos”- como também  a Fundação Cultural Palmares e seus escritórios adjacentes  tem feito, ano-após-ano, a mesmíssima coisa em relação a Serra da Barriga, ou seja coisa nenhuma! E ainda assistem calad@s à expulsão de moradores que faz mais de 40 anos dão vida para  Serra.

Para a classe política daqui e d’alhures redefinir a imagem que a população de pele preta tem de si mesma e realinhar seu lugar na história do Brasil é coisa pra ess@s pouc@s pret@s que não tem mais o que fazer".

Os mesm@s pret@s que na época de eleição ganham lugares em pedestal. Em época eleitoreira somos todos e todas iguais. Os intocáveis donos do poder: homens e mulheres até ensaiam a fictícia proximidade com o povaréu que vota.

Montam o teatro do tal do café da manhã na feira, regado a abraços fáceis, tapinhas nas costas, beijos em crianças remelentas e de nariz escorrendo, com cheiro de miséria. É para que o povo acéfalo, na sua maioria pobre, desdentado, desempregado e de pele parda ou preta perceba o quanto nada vale.

Passada a eleição, o povo- pobre e preto- não cabe mais na agenda atribulada dos donos do poder.

Trabalhar a Alagoas da miséria é bem mais cômodo. A miséria dá voto fácil, e, em Alagoas isso é prato cheio.

Enquanto isso a Serra da Barriga pede socorro!

Help!!

Blog Raízes da África 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O quilombo, símbolo de rebeldia contra a escravidão



No século XV Portugal foi o primeiro país da Europa a estar presente na África, quando seus navegantes chegaram às costas da região, o que abriu um dos capítulos mais tristes e humilhantes para os povos do continente.

No século seguinte traficantes portugueses associados à Coroa lusitana iniciaram a caça e envio de homens e mulheres das regiões ocidentais africanas para o Brasil colônia, para trabalhar em regime de exploração escravagista em plantações de cana de açúcar.

Mais tarde o comércio de escravos intensificou-se. Traficantes ingleses, franceses, holandeses e espanhóis imitaram os portugueses, porque essas nações europeias tinham firmado seu domínio colonial na América e no Caribe, onde utilizavam igualmente o sistema escravagista em fazendas de cana de açúcar, algodão e outras culturas, e também na extração mineral.

A mão de obra aborígene, submetida a cruéis abusos, não era suficiente, e os donos de plantações precisavam de mais força de trabalho. Nas zonas ocidentais africanas aumentou a caça aos nativos, que eram levados a centros como Gore, para posteriormente serem embarcados em navios negreiros com destino ao chamado Novo Mundo.

Cuidadosos pesquisadores calcularam em mais de 20 milhões os africanos que chegaram à América e ao Caribe. Outra cifra considerável, ainda que desconhecida, morreu no trajeto, não podendo suportar os rigores da travessia.

Em quase todas as nações americanas e caribenhas os senhores submetiam os africanos a abusivos sistemas de trabalho, aplicando-lhes castigos que pareciam saídos de mentes diabólicas, o que fez com que, desde o próprio século XVI, ocorressem as primeiras resistências dos escravos; estas tiveram sua expressão mais notável na fuga e formação dos quilombos.

Com o trabalho escravo foi construída a riqueza e o bem estar da classe dominante branca de ascendência majoritariamente europeia nas nações onde floresceu esse sistema. Mas, na medida em que os exploradores enriqueciam, aumentava a rebeldia dos escravos, que fugiam das fazendas para a mata, as montanhas ou a selva, de acordo com os países, formando povoados, os chamados quilombos, onde levavam vida comunitária, devendo defender-se das perseguições organizadas pelos senhores e executadas por seus implacáveis capatazes e bandos armados.

Nas colônias caribenhas da Grã Bretanha, França, Holanda e Espanha, a resistência dos escravos chegou a proporções que alarmaram os propietários de plantações, mas a bárbara repressão dos escravagistas não pôde conter o desenvolvimento contínuo do processo de formação dos quilombos.

Zumbi, o rebelde

Um exemplo paradigmático foi o de Zumbi, no Brasil. Muito jovem, Zumbi assumiu o comando do quilombo dos Palmares, formado por escravos fugitivos no final do século XVI, em uma zona afastada, de mata, do atual Estado de Alagoas. Dali conduziu-se a resistência contra numerosas investidas do exército colonial e de grupos mercenários.

Na região dominada por escravos fugitivos existiam vários povoados no meio da mata. O maior deles era uma vila batizada de Macaco, com umas 1.500 casas e mais de 8.000 habitantes que se dedicavam a uma agricultura básica e a uma metalurgia rudimentar.

Sob o comando de Zumbi, os “palmarinos” organizaram-se para atacar de surpresa as enormes plantações de cana de açúcar e libertar mais escravos que fugiam em direção ao quilombo dos Palmares, levando as ferramentas de seus antigos donos. Em 20 de novembro de 1695 morreu Zumbi, num combate desigual; mas grupos armados resistiram na zona até 1730.

No Haiti, a revolução de 1791, protagonizada pelos escravos haitianos, sob a direção de Toussaint Louverture, não apenas marcou a independência da nação caribenha, a primeira a emancipar-se do jugo colonial europeu no hemisfério ocidental, como foi ponto de partida para as guerras de independência na América Latina e no Caribe.

Em 1834 a Grã Bretanha, pioneira da Revolução industrial, já não estava interessada no tráfico de escravos e o declarou ilegal, ao mesmo tempo em que proibia a escravidão em suas colônias da América e da África. No entanto, essa ordem encontrou tenaz resistência nas colônias dominadas pelos europeus.


O repúdio à norma britânica pelos donos de plantações que se beneficiavam com o trabalho escravo fez com que sua aplicação não se tornasse efetiva de imediato e a escravidão continuou em numerosos países durante várias décadas ao longo do século XIX.


Aliás, a Coroa britânica estabeleceu uma base naval na baía de Freetown, em sua Colônia africana de Serra Leoa, para perseguir os violadores da decisão de Londres.


Mas nada poderia deter o curso da história, apesar da oposição dos escravagistas. Não sem lutas ou pressões dos abolicionistas, progressivamente o infamante flagelo da escravidão foi abolido nas nações da América e do Caribe.


Monumentos em homenagem à rebeldia escrava, considerada precursora da independência da América, foram erguidos em vários países.


No Brasil, a primeira nação a receber escravos no século XVI e a última a abolir a escravidão, em 13 de maio de 1888, a cada 20 de novembro rende-se tributo a Zumbi, símbolo dos africanos escravizados; em sua honra foi erigido um busto de bronze na cidade do Rio de Janeiro.


*Prensa Latina, de Havana, Cuba, especial para Diálogos do Sul – Tradução de Ana Corbisier

Roberto Correa Wilson*

http://www.dialogosdosul.org.br/