Quem visita o Centro Arqueológico Palmarino mais de uma vez, percebe que o lugar não é muito frequentado. É fácil chegar ao local e não encontrar ninguém.
Em pouco mais de seis meses trabalhando no lugar, a universitária Jayane de Lima diz que frequentam o centro são levados pela curiosidade de ver o que tem no museu, poucos são os que querem conhecer sobre a história da cidade.
Alguns curiosos ficam decepcionados com o lugar e perguntam se não há lanças ou estátuas. Por muitas vezes perguntam se os artefatos de cerâmicas, que se encontram no centro, foram feitos realmente pelos índios e africanos que moraram no Quilombo dos Palmares.
Jayane de Lima diz que tudo isso é um reflexo de como a cultura na cidade é gerenciada, pois os visitantes ao chegarem na cidade não têm um ponto de referência para pegar informações e a própria população não é estimulada a fazer propaganda da cidade.
O professor Carlos de Sena, da Escola João Costa de Oliveira, fica descontente com a falta de interesse da população em não querer saber quem foram seus ancestrais. Para o professor esse interesse poderia vir através dos incentivos das instituições de ensino e dos próprios pais.
Seis meses após a inauguração, o centro teve, lamentavelmente, um total de 1910 visitantes. Muito pouco para um lugar que conta boa parte da história de União dos Palmares. O Centro teve seu maior número de visitantes na semana que se comemorou o dia dos museus, muitos alunos da cidade e de Maceió foram conhecer e fazer trabalhos escolares.
O CENARP é uma parceria entre a Prefeitura de União dos Palmares e das instituições de ensino superior UFAL e UNEAL. O Centro tem o mesmo horário de funcionamento da Casa do Poeta Jorge de Lima, que são das 08:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00.
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