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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Conheça Pierre Pellegrini que da vida a drag queen Pântala Butterfly

Encontrei neste final de semana o ator alagoano Pierre Pellegrini, a drag queen Pântala Butterfly. Ele estava em União dos Palmares para se apresentar em um casamento, sua 6º vez na cidade.

Aos 34 anos Francisco Pierre dos Santos Silva é formado em artes cênicas e publicidade e desde os 15 anos já fazia teatro na escola. Em São Paulo era vizinho da drag queen Dimmy Kieer. Se apresentou em várias empresas em São Paulo, o que fez com que ele deixasse de lado o sonho de fazer tv. Segundo Pierre, o teatro em empresa é quem sustenta os atores desconhecidos da mídia.

Antes de voltar a Alagoas Pierre Pellegrini morou em Recife, lá trabalhou como recreador infantil. Certo dia um colega faltou e ele teve que substituí-lo na recreação dos adultos. Pierre se vestiu de mulher e viu surgir a oportunidade de trabalhar nessa profissão. Em Pernambuco começou na carreira de drag queen como o nome era Pâmela Provolone. Seu primeiro show em Alagoas foi em Arapiraca e lá uma criança não conseguia fala Pâmela e só o chamava de Pântala, de tanto falar esse nome os demais começaram a chamar e o nome pegou.

Esse ano ele completa 10 anos como drag queen. Pântala Butterfly é seu carro chefe para trabalhos. Hoje divide os brilhos, plumas, paetês e o mercado de trabalho com outros profissionais, como Paty Maionese, pioneira em Alagoas, Melissa Vogue, Alicia Alcântara, Lavinia Burtner, entre outras.
 
Pierre Pellegrini diz que "esse é o melhor momento para as drags, fazendo diversas apresentações em casamentos, formaturas, 15 anos e eventos em gerais, nosso humor contagia o público". Ele ainda acrescenta "a plateia também tem que está animada para que o nosso trabalho saia melhor". Nos interiores o público reage com mais empolgação com as drags, já que são carentes desse tipo de eventos. Quando não está se apresentando com Pântala ele se apresenta com a peça teatral Contador de Histórias, onde faz o personagem Alecrim.

O ator entra em cena a cada evento apenas com um roteiro dos donos da festas, a partir daí vai interagindo com cada convidado e eles também vão entrando no clima da festa. Pierre diz que tudo é no improviso, na hora inventa um desfile, brincadeiras com as roupas dos convidados ou apenas "paquerando" os homens na festa. Mas tudo de forma espontânea, já que o papel da drag é representar os exageros da mulher.

Homossexual assumido, ele nunca teve problemas com sua a família, seu pai tem uma boa relação com seu companheiro, o decorador Fábio Anderson. O relacionamento já tem 8 anos e Fábio é bem compreensivo com a sua profissão, pois trabalha mais nos fins de semana. 

O artista disse que procura ajuda os companheiros, em Alagoas não é tão fácil viver da arte. Ele mesmo foi muito ajudado na carreira pela drag Dimmy Kieer. 

Morando com o companheiro na cidade de Marechal Deodoro, Francisco Pierre diz que é apaixonado por Alagoas, apesar do Estado ser um dos mais violentos do país, segundo as estatísticas. Ele diz que aqui ainda tem uma calmaria e as nossas belezas são incomparáveis com outros lugares.
 Fotos Silvio Eugênio

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