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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Família desejo do coração de Deus


“ O Homem, a mulher e filhos unidos pelo sacramento do matrimônio em obediência a sagrada escritura.”
“ o Homem deixará sua casa e se unirá a sua mulher”
“Mulheres sejam submissas aos vossos maridos; homens amem vossas esposas como cristo amou a Santa Igreja”.
“O que Deus uniu o homem não separa”

Essa constituição de família, desejo de Deus, está cada vez mais em extinção, tendo em vista a perda de valores cristão no coração dos jovens. A visão hoje é que casamento é algo ruim, negativo, doloroso e que não realiza ninguém nem traz felicidade. Isso é uma grande falácia, como Cristo diz: “O que Deus uniu o homem não sapara”. É possível sim ser feliz no casamento.

O contexto de família hoje é basicamente a mulher e os filhos ou os avós e os netos e, por inúmeros fatores, dentre eles, vícios, traição, brigas, falta de respeito, omissão, irresponsabilidade e principalmente falta de oração, essa família debilitada e sem força é boa parte das famílias de hoje. Trabalho em um órgão de esfera municipal (Conselho Tutelar) onde diariamente estou em contato com pessoas das mais diferentes classes sociais. É notória a grande fragilidade no seio familiar, falta de amor, carinhos, cuidados, respeito, dedicação, atenção, educação, formação e principalmente a ausência de Deus.

Assim vivem muitas famílias, filhos que, por não terem sido educados desde sua infância, têm um comportamento típico do que receberam de seus pais: são crianças e adolescentes desobedientes, agressivos, falam muitos palavrões e pornografias, não obtendo assim um rendimento escolar satisfatório; os pais só vão à escola para fazer a matrícula escolar e não acompanham assim o desenvolvimento educacional de seus filhos, bem como em casa não os estimulam a fazer suas atividades extra-classe. São crianças e adolescentes cheios de muita liberdade em todos os sentidos.

A realidade social do nosso município é desafiante: muitas famílias vivem abaixo da linha da pobreza, na miserabilidade. Quando percorremos algumas ruas em alguns bairros percebemos muitas crianças e adolescentes ociosos em situação de risco social e pessoal, onde eles passam a ser mão de obra para a violência nos mais diversos níveis. Quando direcionamos nossa visão para realidade afetiva dessas crianças e adolescentes entendemos um pouco de sua historia pela ausência dos pais e do Estado; muitos tornam-se autores de atos infracionais, causando à sociedade uma insegurança. Essa mesma sociedade os julga e condena pelos seus atos.

Todavia, é omissa no tocante a suas responsabilidades para com o bem comum; o sistema de garantia de direito é muito deficiente, faltam políticas públicas, temos um alto índice de pais irresponsáveis, negligentes e omissos. Os eventos realizados no município como festa da padroeira, carnaval, blocos e outros são acolhedores de muitos jovens; uma boa parte são adolescentes que fazem uso de bebidas alcoólicas e outras drogas. O tempo hoje é de muita libertinagem, omissão dos pais ou responsáveis e ausência do Estado gerando uma juventude fragilizada, cultivando o corpo e com uma sexualidade marcada por relacionamentos cheios de intimidade.

Entretanto é necessário uma maior interação do Estado com a família por meio de programas de apoio sócio famíliar, e os pais, por serem responsáveis por tal família, têm o dever de serem mais atenciosos no que se refere à educação dos seus filhos, com orientações, acompanhamentos, responsabilidades, respeito, autoridade, cuidados e, principalmente, amor.

Anderson Austregésilo de Atayde
Conselheiro Tutelar 
Cursando 5º Período de Direito

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