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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia Internacional do surdo é comemorado em União dos Palmares

Cleide Correia coordenadora do PROINCLUI, Professora Maria Elizabete idealizadora do evento, Maria Cristina Diretora do Filomena e Gorette Galvão Diretora de Ensino.  

A Escola Municipal Filomena Medeiros e a Secretaria Municipal de Educação comemoraram ontem dia, 30, o Dia Internacional do Surdo, no primeiro encontro intitulado: Mãos Que Falam Em Silêncio. Na programação: apresentação dos sinais, dinâmicas com os alunos e convidados, vídeos, palestras, depoimentos de surdos adultos e Stand up (piadas em libras).

O encontro no Auditório da Secretaria de Educação reuniu estudantes das escolas municipais e estaduais de União dos Palmares. De acordo com a diretora geral da Escola Municipal Filomena Medeiros, Maria Cristina dos Santos, "Eles interagem com os demais alunos de maneira natural, claro que temos alguns professores que têm dificuldades em receber esses estudantes, em se relacionar com eles, é por isso que é tão importante os intérpretes". Salienta a diretora.

Maria Cristina leciona a 25 anos no Filomena Medeiros e está como diretora há nove meses. Segunda ela “Temos mais de 30 alunos surdos matriculados no município. E dois alunos surdos do Filomena  representaram União no evento sobre meio ambiente e quem sabe não seremos classificados para irmos a Brasília".   

A professora e idealizadora do evento, Maria Elizabete da Silva, mostrou para o público os vários trabalhos que a escola vem desenvolvendo com esses alunos especiais, atividades, projetos sobre o bullying, cuidados com a horta, passeios feitos em Maceió e em União, participação em eventos na prefeitura, nos recitais de poemas, comemorações nas escolas etc.  

Os convidados presentes se emocionaram com as histórias de superação dos adolescentes e a dedicação dos seus pais para buscarem uma qualidade de vida melhor para os filhos. Rosinete Maria do Nascimento Silva, Coordenadora do PSE, mal conseguiu falar de tanta emoção, foi assim com outros presentes.

A intérprete Cláudia, disse "Eles ficavam tristes por verem nas redes sociais os colegas postando fotos dos eventos das escolas e eles não participavam, hoje vemos outra realidade, a interação deles com os demais estudantes". Cláudia é evangélica da Igreja Testemunha de Jeová e lembrou que a igreja tem intérpretes nos seus cultos.

 Ana Maria Cardoso, educadora e coordenadora do Promepaz falou que sempre usou códigos para falar com seus alunos, já que tem uma voz rouca e quando fala vai ficando afônica. A professora disse que todos têm que se engajar nesses movimentos para melhorar a vida do próximo e completou "Eu escutei as diretoras convidando as pessoas para virem ao encontro, cadê a nossa sociedade aqui?".

Ana Cardoso falou para os jovens e suas mães quais os Órgãos que eles devem procurar para terem seus direitos respeitados. Anderson Austregésilo de Atayde, conselheiro tutelar, usou seu tempo para falar desses direitos.

"Houve um tempo que muitos se escondiam para se comunicar com os amigos surdos, por vergonha da sociedade, pelos preconceitos que sofriam, hoje temos encontros, comemorações e quem sabe não poderemos ser a cidade da Região da Mata para organizar eventos maiores", disse Cleide Correia do Nascimento, Coordenadora do PROINCLUI. 

Ontem, o encontro com estudantes surdos foi uma das coisas mais emocionantes que eu já presenciei na vida. Pois pude ver crianças e adolescentes comunicativos e interagindo com o mundo atual, através de seus aparelhos telefônicos. Foi algo especial e prazeroso, não são diferentes como fomos acostumados a aprender sobre eles.


 
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