Independência ou morte!
Foi com essas palavras que Dom Pedro I , às margens do Rio
Ipiranga, proclamou a independência de nossa nação, que era colônia de
Portugal.
O momento teria sido registrado em pintura e consagrado como
algo célebre, cheio de heroísmo e glamour. Acontece que não foi bem assim.
A historiadora Cecília Helena de Salles Oliveira escreveu um
livro chamado “O Brado do Ipiranga”, em que analisa a famosa pintura “O Grito
do Ipiranga”, de Pedro Américo.
Entre os mitos desvendados está a presença cavalos
belíssimos. Na verdade, Dom Pedro 1º e sua corte subiram a Serra do Mar, vindo
de Santos, mas em jumentos, já que os animais são mais resistentes para longas
viagens.
O pobre Dom Pedro I, representado em toda sua glória e
fineza, não parou às margens do rio porque não conseguia segurar aquele grito
histórico, mas sim ordenou porque ele estava com uma forte diarreia e precisava
aliviar a carga.
Dessa forma, os pomposos uniformes militares também são
motivo de descrença, afinal ninguém usaria roupas tão pesadas para viajar
tanto. Ainda mais com o calor que fazia na época e com a enfermidade do
imperador.
Mas existem mais curiosidades sobre nossa Proclamação da
Independência:
- O proclamador da independência D. Pedro I nasceu em
Portugal em 1798 e aos 9 anos veio com para o Brasil. Amou a nova terra.
Adorava cavalgar, brincar na rua, freqüentar bares e conversar com o povo
(inclusive com os escravos). Era completamente diferente de seu pai, o príncipe
regente de Portugal D. João VI, tímido, medroso, que fugia de conflitos e não
gostava de decidir.
- O Dia do Fico, em 09/01/1822, foi um dos mais gloriosos de
D. Pedro I. Diante do pedido da população clamando para que não fosse embora do
Brasil, pronunciou a célebre frase: “Se é para o bem e felicidade geral da
nação, diga ao povo que fico”. Tornou-se líder um incontestável.
- O grito de independência foi dado em uma viagem de volta
ao Rio de Janeiro, no momento em que atravessava a província de SP e foi
informado dos planos portugueses de reescravizar o Brasil.
- Ainda em 1822, foi composto o hino nacional, que foi
chamado de “marcha triunfal”, mas a letra sofreu modificações quando D. Pedro I
abdicou o trono em 1831. Com o impasse, o país seguiu sem hino até depois da
república. Em 1909, Joaquim Osório Duque Estrada compôs nosso atual hino, que
exalta a natureza e grandeza do povo brasileiro, ao invés de guerras e sangue.
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