Apesar das limitações da idade, fala com orgulho sobre a família e a cidade sul-mato-grossense que escolheu para viver, Fátima do Sul.
Entre as lembranças que guarda consigo, conta que na infância brincava com cavalo de pau. Na juventude, fazia a barba com caco de vidro. Trabalhava na lavoura juntamente com os pais e lembra com carinho de uma moça que o ensinou a ler e a escrever.
Aos 31 anos foi tentar a sorte em São Paulo.
"Foi lá que arranjei minha morena e me casei". A morena de Sebastião é Benedita Cavalcante, de 97 anos, que lhe deu oito filhos: Sizenando, Armando, Luiz Carlos, Sebastião, Maria Socorro, Maria Elisa, Maria Aparecida e João. "Se não fosse a filharada que criei, hoje não teria nada", conta.
Ao todo, Sebastião tem 25 netos, 34 bisnetos e 1 tataraneto. "Só não tenho uns 200 bisnetos porque hoje em dia a mulherada só quer saber de ter um, dois filhos".
Sebastião foi pecuarista e dono de uma casa de comércio de muito prestígio em Fátima do Sul, mas o que sempre o fez feliz e lhe trouxe prosperidade foi lidar com a agricultura. Além disso, também tem alma de poeta, consegue declamar um poema antigo de trás para frente e de frente para trás.
Aos 100 anos recadastrou o título de eleitor para poder exercer a cidadania pelo voto em Fátima do Sul, cidade que o acolheu e recentemente lhe conferiu o Título de Cidadão Fátima-sulense, por ter acompanhado e ajudado em seu desenvolvimento desde o início.
Questionado sobre o segredo de tanta vitalidade, ''seo'' Sebastião mostra mais da personalidade de um centenário tranquilo. "Não sei qual é o segredo, minha filha. O segredo talvez seja eu nunca ter fumado, nunca ter bebido cachaça, nunca ter perdido uma noite de sono, sempre ter tido boa alimentação, boa atividade física. Sempre me cuidei muito e tive fé. Nunca me perturbei com nada e nem dei motivo pra se perturbarem comigo, sempre fui tranquilo", declara.
Site Correio do Estado
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