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domingo, 29 de abril de 2018

Poema: 'Selvagem: Foi assim, que Nasci', de Carlos Leopoldino



Poema 'Selvagem: Foi Assim, Que Nasci', da coletânea de poemas Nação Afro-Palmarina, de Carlos Leopoldino. Traz um olhar descritivo-vislumbrante de pertencimento e exaltação, orgulho e sentimento, à essência indígena que percorre o sangue dos afro-palmarinos.    

SELVAGEM: FOI ASSIM, QUE NASCI

Tudo era selvagem por aqui:
De Jaguaribe, de Pindoba a Taquari
Onde os primitivos como as ibirás (árvores)
Enraizavam-se em puros matagais;
Ixé yaiúriã, beheig suí:
De Jaguaribe, de Pindoba a Taquari,
Onde os primitivos como as ibirás
Enraizavam-se em puros matagais; 
Foi assim, que nasci,
Do tapuia ao tupi-guarani,
Em ocas de tribos por esta região,
Que expresso em plena canção; 
Sou aratu, das serras e do Mundaú,
De cores da fauna, da flora e das correntezas,
Filho de Tupã,
Por crenças sagradas voltadas à mãe-natureza; 
Tudo era tão livre por aqui:
Do índio nu ao Vale Mundaú,
De línguas vivas e gerações mestiças,
Que expressavam o sentido da vida; 
Foi assim, que nasci,
Do tapuia ao tupi-guarani,
Em ocas de tribos por esta região,
Que expresso em plena canção; 
Sou aratu, das serras e do Mondaú
De cores da fauna, da flora e das correntezas,
Filho de Tupã,
Por crenças sagradas voltadas à mãe-natureza; 
Tudo era singelo por aqui:
De palmeiras à ave beija-flor,
Que suvemente ousava voar alto,
Expressando a força deste amor; 
De Palmares ao tropical:
De orgulho surreal.

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