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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Palavras de Mestre

Não foram poucas as vezes que tive a possibilidade de pensar só em mim. As oportunidades para alcançar o que tanto queria estavam lá, mas por entender que seria da maneira errada preferi deixá-las de lado e acreditar que conseguiria seguindo os valores que conquistei em minha curta vida.

De tanto esperar pelos sonhos aprendi a me sentir feliz com as coisas tolas que fazia, o prazer em fazer o que era certo, em ajudar, contribuir, construir algo importante não apenas para mim mas para todos.

Agindo assim tinha consciência que atingia algumas pessoas, mas mesmo com os "inimigos" fui leal. Com quem me atacou de maneira suja ou jogou na minha cara coisas desnecessárias fui leal... Tive como resposta a ingratidão e a falta de educação.

Mas pela primeira vez senti que a conduta de 24 anos não valeu a pena. Ao ser questionado por algo que não fiz, percebi que a imagem que passava não correspondia com aquilo que sempre prezei.

Apesar do pouco conhecimento que a pessoa tinha a meu respeito foi frustrante perceber que a imagem que passava era de alguém capaz de apunhalar pelas costas. Logo eu, que nunca tive receio em dizer "na cara" o que acreditava que devia ser dito.

Naquele momento poderia ter sido incisivo como algumas vezes já fui, mas preferi acreditar que a minha história seria mais válida, ao menos para mim.

Eis que lembrei das palavras do senhor que tanto me ensinou, por quem tenho enorme admiração e respeito: "Nesse meio não se confia em ninguém...".

Você estava certo Doutor, eu não devia querer lutar sozinho contra eles.

Me resta seguir seu último conselho, procurar algo mais efetivo.

Bruno Monteiro

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