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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Adeus a dona Nita‏


A notícia da passagem de dona Nita para a eternidade se espalhou rapidamente. Hoje é dia de chorar a sua ausência. Mas é também o momento para enaltecer essa figura íntegra e perseverante que foi minha mãe.

Uma guerreira, que na ausência do “chefe” da família assumiu o bastão e de “graveto em graveto” nas terras do Muquém conseguiu criar todos os filhos menores, deu-lhes educação para se tornarem hoje o que são. Cada um a seu modo e do seu jeito, naturalmente.

Viveu tempos difíceis, de agruras, sofreu em época que não existia a Lei Maria da Penha e não foi só do companheiro, mas até mesmo de filhos que hoje choram sua ausência. Mas é preciso dizer, além de lamentar a sua perda, que alguns estão sofrendo realmente pela sua ausência desde já, outros haverão de lamentar pela falta do “seguro social” e mais adiante alguns haverão de se alegrar pelo que restou de “patrimônio”.

Da minha parte, dada à ausência de mais de quarenta anos, não me senti em condições de vê-la partir, prefiro mantê-la na memória com a saudade de nossa viagem a Juazeiro do Norte em visita a Padim Padre Cícero, de quem era fervorosa devota.

Até um dia, minha mãe.
João Melo

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