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sábado, 14 de dezembro de 2013

Poemas da professora Juciane Oliveira

Nada mais...

Nada e ninguém pode entender a dor de perder o que se ama!

Nada e ninguém pode sentir a felicidade que é de estar vivo quando se perde tudo!

Penso que em meio a tanta dor sentida as vítimas do Rio Mundaú, que lambeu nesta sexta feira a partir das 18 horas as cidades da região da Mata em AL, sentem hoje, mais do que nunca, a felicidade que é estar vivo depois de um dilúvio de água nas casas e nos rostos.

Águas que vieram à expressar suas mágoas de desilusão.

Desiludidas com a força destruidora do homem, que antes de tudo destrói a si mesmo!

Desilusão causada pela impotência de nada poder fazer diante da perda, do destruído, do nada!

Nada que me faz chorar, por nada mais poder fazer... 


Palavras em silêncio


Sento em frente ao computador, quero escrever, mas o quê?

Estou sufocada, não posso falar. Minhas palavras estão em silêncio. Palavras que não se encontraram com o seu interlocutor.

Tento escrever para tirar delas a agonia que sentem. Não consigo, estão acorrentadas umas as outras de maneira que não podem ser separadas.

Apelo a minha alma, mas ela não quer nem saber, pois diz estar a refletir toda a situação e não chegou a uma conclusão. Então, só me resta pedir calma as minhas palavras para que elas não se decepcionem quando não forem compreendidas.

Daí, uma palavra dá um grito: “EU!” Mas é silenciada pela palavra “penso”. Que observa os gestos da palavra “AMO” que quer dizer para libertar ao menos o “Eu”. E na tentativa de falar algo aparece “VOCÊ” que é empurrado pelo “Não”, que magoa o “Sim” que tanto deseja ouvir algo.

Volto ao meu ponto de partida, e começo a refletir junto com a minha alma. 
  
O que fazer com o desejo dúbio?

Desejo que impede a própria satisfação.

Que busca na solidão a razão de estar junto.

Ah, desejo... Desejo-te tanto que nem ouso tocar-te,
Por estarmos demasiadamente junto.
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