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quarta-feira, 23 de abril de 2014

A Torre Inconsútil Por Cicero Melo

A TORRE INCONSÚTIL
Era a casa de Jorge frente à torre
Onde morava um deus adormecido.
Que luxúria de gesso e tinta podre,
Um sabor de poema sempre lido!

Era a torre pousada sobre a sala
Onde restava um deus - nunca acordou.
O sono que o cobria era cabala:
Inconsistente e crua se criou.

Era a torre de Jorge frente à minha
No jogo do xadrez que à mão impele
A dupla dor de combater sozinha.

Era do Jorge insone a torre imbele
Que nunca a se exaurir, sempre continha
Dois Mundaús caindo sobre a pele.

(Cicero Melo, POEMAS DA ESCURIDÃO, Ed. Bagaço, 2002)
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