Vencedora do Prêmio Nacional de Gestão Escolar, em 2011, a Escola
Estadual Jorge de Lima, localizada na cidade de União dos Palmares,
interior de Alagoas, é hoje a realidade do descaso.
A Jorge de Lima atende crianças da 6º ao 9º anos, em três turnos, se destacando 26 portadores de necessidades especiais.
O caos que atingiu a escola, construída em 1953, chegou em dezembro do ano passado com o desabamento do teto de uma das salas.
Mesmo informada do acidente, que não deixou vítimas, a Secretaria
Estadual de Educação, (SED), não adotou providencias e com o passar dos
dias outra sala foi comprometida pela falta de conservação do prédio,
levando a direção da Jorge de Lima adotar rodízio entre os alunos como
forma de assegurar a conclusão do ano letivo.
A diretora da escola, professora Roseane Ferreira Vasconcelos,
confirmou que a maior surpresa foi anunciada pela nova gestão da
Educação, através da 7ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), que
baseada em um laudo técnico da Secretaria que alerta para o perigo de
novos desabamentos, recomendou o fechamento da Escola e a transferência
dos alunos para outra unidade estadual, a Escola Estadual Monsenhor
Clóvis Duarte..
Rosiane alerta que a transferência dos 406 alunos para outra escola é
uma medida equivocada pois todos serão acomodadas em uma quadra de
esporte, dividindo os espaços mínimos do laboratório de ciências e
informática, adaptado precariamente para salas de aula.
A medida anunciada chama a atenção pelo fato de Alagoas voltar aos
números negativos de pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica,
(Ideb), em todo o país.
Quando foi escolhida para receber o prêmio de Gestão Escolar, a Jorge
de Lima se destacou pela nota 5.2 no Ideb, quando a média nacional é de
4,6.
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira, (Inep), indicavam na época que a nota só poderia ser alcançada
este ano de 2015.
A história de superação da Jorge de Lima ficou conhecida a partir de
2010, após ser transformada em alojamento para as famílias desabrigadas
pela chuva no município. Mas num ritmo acelerado, em apenas um ano, a
união de professores, alunos e pais a Escola conseguiu desenvolver ações
educacionais que lhe renderam o prêmio nacional.
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