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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Em meio à Irinéias... Por Rodrigo Ambrosio


Impressões e alucinações por Rodrigo Ambrosio.

Em seu verbete, o alagoano Aurélio sentencia: ar.te.são sm. 1 · ARTISTA. 2 · Indivíduo que exerce por conta própria uma arte, um ofício manual.

A profusão de saberes e tipologias é a grande marca do artesanato alagoano. Sua produção, sem as regras da reprodução, muitas vezes recebe a chancela de arte popular, obra-prima, peça única. E com honras, já que são muitos os artistas que produzem e transmitem o seu saber, verdadeiros mestres de ofício, mestres artesãos.

Seja por meio de herança cultural étnica e histórica ou por aguçada curiosidade contemporânea, seja por necessidade cotidiana ou por involução tecnológica, o fato é que o acervo vivo em Alagoas e suas competências manuais devem ser exaltados em terra, além mar e por gerações.

Artefatos que estão por toda à parte, para o corpo e para a mente, sobre ou longe das prateleiras. Basta olhar para as águas e ver jangadas, tetéias, canoas, redes, caiçaras... Ou para terra e ver chapéus de guerreiro, varais, pilões, potes, ex-votos, cuias, cestos, ganzás... Motes para a escrita dos nossos literários de riquezas feitas à mão. Olhar para Alagoas é enxergar um Brasil concentrado, um amálgama do Nordeste.

No calendário brasileiro e no mundo o dia 19 de março homenageia o Dia do Artesão. Uma labuta diária que tem nesta data a sua importância venerada.

Em território alagoano a data se transformou em semana, a Semana do Artesão de Alagoas, a primeira, é verdade. Momento transformador.

Sinto-me honrado em fazer parte deste momento, desta verdadeira missão. Indo e vindo confirmo a minha vocação em aprender com a sabedoria de minha terra natal, Alagoas. Conceituei e criei a cenografia da nossa primeira Semana do Artesão com o mesmo empenho e paixão com que crio as minhas peças. 

Em meio à Irinéias, Joões, Bilros, Aberaldos, Marinheiras, Zezinhos, Ouricuris, Marinalvas, Dedés, Rendendês, Arlindos, Pedrocas, Taboas, tantas outras e Filés, quem foi ao Memorial à República entre os dias 17 e 22 de março de 2016 transpirou inspiração, e respirou o mais puro e genuíno artesanato alagoano.

Avante!

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