Irinéia: um sutil olhar.
A arte para o autor é um isolamento dentro de si.
São as exibições de consequências que nos foram vivenciadas, dentro do
ficcional ou através da “realidade”. É o silêncio de tambores internos que
teimam em serem ouvidos, sem ordem ou tempo.
Em Irinéia: um sutil olhar, obra e artista
se confundem numa perspectiva de fusão, onde a ausência de luz reflete o embate
da criação, a mistificação vinda das sombras imbuídas do desejo de existir.
Na arte de Dona Irinéia, vasculha-se, além dos
detalhes, uma estética sutil em lidar com a matéria prima de suas obras. O
barro (sem vida) transforma-se através da delicadeza (sutileza) atenta e
cuidadosa de suas mãos, no seu olhar centrado à espera do nascer de sua
criação, em objetos que representam a nossa cultura e demonstram a necessidade
de manter-se viva.
As imagens desta artista é uma tentativa de captar
o elo do seu imaginário, de desvendar a essência criativa e sua solidão...
Por Thiago Alexandre
Fotógrafo
O
belíssimo texto de Thiago Alexandre consegue sanar algumas das
expectativas em tentar traduzir previamente o que é essa exposição, qual seu
sentido de existir e quais os elementos que veremos nesse universo de
simbolismo, de cultura material e outra cultura que paira no ar, que o Coletivo
A Fábrica ajudou a organizar.
O mês da
consciência negra trouxe um presente ao público alagoano que, felizmente, se
estendeu para além dos 30 dias do mês. Esse presente foi primeiramente
oferecido ao público palmarino, entregue de bandeja pelo Coletivo A Fábrica
e outros apoiadores, entusiastas da cultura local. O presente tomou forma e
gosto em um nome que de tão belo é impactante aos ouvidos e mexe com nossos
sentidos: Negracor. Esse presente, o Negracor, tomou uma forma
pluridimensional, subdividindo-se em uma série de atividades artísticas. O
presente virou presentes, ganhando ramificações bem delimitadas e sobrepondo os
limites territoriais da terra de Zumbi, até chegar à cidade de Murici.
Esse presente veio em momento propício, já que não falta muito para o
Natal. Esse presente também presenteia a nós (aqueles que fazem este blog
acontecer), pois no último dia 28 comemoramos 6 meses de
existência e de luta pela divulgação e preservação das expressões artísticas
populares, alternativas... Aquelas colocadas à margem pelos grandes e renomados
veículos de comunicação.
Um digno
presente para a comunidade muriciense... Um digno presente para a cultura da
minha terra. E ele veio na forma de uma exposição de nome suave: Irinéia:
um sutil olhar. Um sutil olhar é tudo o que precisamos agora. Um sutil
olhar é capaz, quem sabe, de despertar outros sutis olhares para importância de
se preservar a cultura de uma comunidade, uma cultura que representa sua história
de luta, de derrotas e, sobretudo, vitórias. Uma história que é minha e que é
sua.
E é com
muita felicidade que oficialmente o Cultura ao Lado abre as divulgações
desse momento impar para a cultura de Murici. Estamos imensamente
felizes em firmar parceria com o Coletivo A Fábrica, junto com a Secretaria
Municipal de Indústria, Comércio e Turismo – Prefeitura Municipal de Murici.
O elo possibilitou essa realização e estamos alegres por isso.
Irinéia: um sutil olhar busca não apenas ser um espaço para visitação e
degustação das belíssimas obras e fotografias, mas também deve atuar como
carro-chefe para a realização de outros eventos que, com muito empenho, deve
envolver artesãos muricienses. E como a transformação vem das escolas, esse é o
nosso foco principal. Atrair os estudantes é indispensável para essa proposta
que aterrissa em Murici.
Onde ocorre a exposição?
Prefeitura
Municipal de Murici.
Quando ocorre?
De
03 a 15 de dezembro.
Qual o horário de abertura ao público?
Horário
comercial de funcionamento da Prefeitura Municipal de Murici.
Pago para entrar?
Não.
O evento é gratuito!
Nos vemos lá?
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